Economia

Crise de transição está sendo superada, avalia CSFB

"A crise da transição política está sendo superada e o eixo da discussão passa agora a questões associadas à possibilidade de retomada do crescimento." Essa mudança de perspectiva foi avaliada pelo CSFB, em seu relatório mensal. Para o banco, a mudança de cenário é resultado da combinação entre "um programa macroeconômico consistente e um cenário […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h04.

"A crise da transição política está sendo superada e o eixo da discussão passa agora a questões associadas à possibilidade de retomada do crescimento." Essa mudança de perspectiva foi avaliada pelo CSFB, em seu relatório mensal. Para o banco, a mudança de cenário é resultado da combinação entre "um programa macroeconômico consistente e um cenário internacional marcado por ampla liquidez e baixas taxas de juros nas economias centrais".

O relatório, assinado pelo economista-chefe Rodrigo Azevedo, afirma que a alta popularidade de Lula confirmada por pesquisas na semana passada respalda a expectativa de aprovação das reformas até o início de 2004. "Apesar de provável aumento do ruído político no curto prazo", afirma o economista.

Sobre a inflação, o banco acredita que reajustes de preços administrados devem levar os IPCs em julho e agosto acima de 0,9% ao mês. "Reduzimos o IPCA projetado este ano de 13,7% para 12%, e em 2004, de 8% para 6,5%", afirma Azevedo.

O banco também revisou para baixo a perspectiva de cotação do dólar: de R$ 3,50 para R$ 3,20 no fim do ano, e de R$ 3,70 para R$ 3,40 ao final de 2004. Com essas estimativas, o CSFB reavaliou também o superávit comercial de 2003 para cima, em US$ 17 bilhões, e menor em 2004, em US$ 11,7 bilhões. "O déficit de conta corrente deve cair em 2003 para 0,7% do PIB, mas se elevar em 2004 para 2,0% do PIB."

Para julho, o banco espera uma redução na taxa básica de juros de um ponto percentual, para 25% ao ano. "Esperamos a manutenção no curto prazo da inversão na curva de juros. Revisamos a taxa Selic projetada ao fim do ano, de 24% para 21%, implicando em juro real de 11% em 2003."

Sobre a atividade econômica, a retração se aprofundou no segundo trimestre, mas perspectiva de relaxamento monetário deve impulsionar retomada ao fim do ano, se estendendo a 2004.

O banco projetou uma dívida/PIB de 55,5% em 2003 e 54,5% em 2004. Com a reforma da previdência, o governo espera economia de R$ 6 bilhões até 2006, mas déficit do INSS volta a preocupar. Resumimos os principais pontos das reformas tributária e previdenciária. "O perfil da dívida pública começa a melhorar com rolagem parcial dos vencimentos cambiais e alongamento de prazos via colocação de títulos superior aos vencimentos mensais. Entre março e junho, o Tesouro reduziu liquidez em R$ 8,7 bilhões", afirmou.

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