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Crise atual terá menor impacto que a de 2008, diz Graziano

Para diretor-geral da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO), ainda assim a crise global pode gerar 40 milhões de famintos

Marcas americanas enxergam Brasil como salvação para crise (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2011 às 11h22.

Buenos Aires - O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, disse hoje que o impacto da crise internacional nos preços dos alimentos será menor que em 2008, mas pode gerar 40 milhões de famintos. "A expectativa é de que o impacto seja menor às cifras de 2008. As estimativas preliminares do Banco Mundial são de cerca de mais 40 milhões de famintos", disse Graziano em entrevista coletiva concedida à imprensa, em Buenos Aires, onde se encontra em visita, como parte do programa de viagens aos países integrantes do organismo.

Segundo ele, durante a crise do subprime, a FAO verificou um aumento de 100 milhões de pessoas famintas no mundo. "O impacto ainda é muito menor do que constatamos em 2008/2009", disse ele. Graziano ressaltou que é cedo para uma avaliação global dos efeitos da crise de desconfiança global sobre as economias dos Estados Unidos e da Europa. "Mas existem avaliações regionais que indicam que estamos com uma média de preços dos alimentos até 50% acima dos valores do ano passado e, pelo menos, entre 10 a 20%, dependendo da região, sobre os preços de 2008/2009", detalhou.

A América Latina é um das regiões que menos sofre impactos na atual crise, segundo destacou Graziano. Ele afirmou que as consequências das turbulências internacionais para os países emergentes estão sendo mais suaves por duas razões. "O grande impacto da subida de preços de 2008 foi provocado pela rapidez da alta. Entre 2007 a 2008, os preços triplicaram, e os países não tiveram a capacidade de se mobilizar com rapidez para enfrentar o problema. Os países demoraram a reagir", reconheceu Graziano.

Agora não, continuou, afirmando que com a experiência prévia, e mecanismos de política adequados, os países reagiram com mais rapidez. "A reação foi mais rápida", constatou. Ele mencionou que outra diferença importante entre a crise de 2008 com a atual é que, embora haja uma alta dos preços, agora não há recessão. "Os preços baixaram com a recessão, mas nas economias em desenvolvimento a recessão significa mais desemprego porque a população que não trabalha não come. É a lei da selva que temos tido na maioria dos países em desenvolvimento", observou.

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Segundo ele, durante a crise do subprime, a FAO verificou um aumento de 100 milhões de pessoas famintas no mundo. "O impacto ainda é muito menor do que constatamos em 2008/2009", disse ele. Graziano ressaltou que é cedo para uma avaliação global dos efeitos da crise de desconfiança global sobre as economias dos Estados Unidos e da Europa. "Mas existem avaliações regionais que indicam que estamos com uma média de preços dos alimentos até 50% acima dos valores do ano passado e, pelo menos, entre 10 a 20%, dependendo da região, sobre os preços de 2008/2009", detalhou.

A América Latina é um das regiões que menos sofre impactos na atual crise, segundo destacou Graziano. Ele afirmou que as consequências das turbulências internacionais para os países emergentes estão sendo mais suaves por duas razões. "O grande impacto da subida de preços de 2008 foi provocado pela rapidez da alta. Entre 2007 a 2008, os preços triplicaram, e os países não tiveram a capacidade de se mobilizar com rapidez para enfrentar o problema. Os países demoraram a reagir", reconheceu Graziano.

Agora não, continuou, afirmando que com a experiência prévia, e mecanismos de política adequados, os países reagiram com mais rapidez. "A reação foi mais rápida", constatou. Ele mencionou que outra diferença importante entre a crise de 2008 com a atual é que, embora haja uma alta dos preços, agora não há recessão. "Os preços baixaram com a recessão, mas nas economias em desenvolvimento a recessão significa mais desemprego porque a população que não trabalha não come. É a lei da selva que temos tido na maioria dos países em desenvolvimento", observou.

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