Economia

Crescimento da renda e do emprego reduz a inadimplência no 1º quadrimestre

Economista da Serasa Experian diz que o quadro vai piorar um pouco no 2º semestre por causa da elevação dos juros e do endividamento das famílias

Com mais dinheiro no bolso, os consumidores quitam os empréstimos (.)

Com mais dinheiro no bolso, os consumidores quitam os empréstimos (.)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2010 às 13h38.

São Paulo - A aceleração econômica no 1º quadrimestre está enchendo o bolso das pessoas, que aproveitam a oportunidade para limpar o nome na praça. O indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor registrou queda quadrimestral de 5,2% em relação ao mesmo período de 2009, o maior declínio desde o início do indicador, em 2000.

"As pessoas com ganhos reais de renda conseguem colocar as contas em dia", diz o gerente de Indicadores de Mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi. E mais: "Quem está pegando um empréstimo hoje tem menos chance de ficar no vermelho".

No segundo semestre, no entanto, o quadro tende a piorar um pouco por causa do aumento dos juros e do alto nível de endividamento das famílias. "Os incentivos fiscais - como a redução do IPI para automóveis e eletrodomésticos - impulsionaram as vendas", diz Rabi. Essas prestações vão pesar no orçamento familiar durante vários meses.

Endividamento

O valor médio das dívidas cresceu em todas as modalidades no 1º quadrimestre. Endividamento não necessariamente transforma-se em inadimplência, mas o risco existe. A maior alta em relação ao mesmo período de 2009 foi dos cheques sem fundos, cujo valor médio passou de R$ 844,69 para R$ 1.206,89.

A explicação para esse movimento está na crise internacional. "O crédito bancário secou naquele período e o varejo voltou a financiar os bens duráveis por meio de cheques", salienta Rabi. Com o retorno do crédito bancário, a utilização dessa modalidade nas compras de maior valor está diminuindo.

Embora tenha crescido apenas 1,9% de janeiro a abril, o valor médio das dívidas com os bancos lidera o ranking: R$ 1.359,11. Os cartões de crédito, que têm as maiores taxas de juros do mercado, apresentam um valor bem menor: R$ 385,51.
 

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