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Crescimento de 2,4% do PIB está abaixo do que o necessário

Neste ano, diz o estudo, os investimentos terão participação maior do que o consumo das famílias no crescimento do PIB

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	Notas de dólar estadunidense: para a CNI a valorização do dólar diante do real é insuficiente para acelerar as exportações
 (Susana Gonzalez)

Notas de dólar estadunidense: para a CNI a valorização do dólar diante do real é insuficiente para acelerar as exportações (Susana Gonzalez)

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Jorge Wamburg

Publicado em 10 de outubro de 2013 às, 17h59.

Brasília – Mesmo com o crescimento de 2,4% estimado para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, acima dos 2% previstos no trimestre anterior, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera insatisfatório esse aumento.

PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Os 2,4% estão “abaixo do que a sociedade brasileira precisa”, disse o gerente de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, ao comentar hoje (25) as previsões do Informe Conjuntural para o último trimestre do ano.

Segundo o documento, o quadro de crescimento baixo reflete as dificuldades de superação de dois desafios de natureza estrutural: a baixa competitividade e a reduzida taxa de investimento, inferior a 20% do PIB.

Apesar disso, Castelo Branco disse que são “positivos” os sinais de recuperação da economia revelados pelos números do estudo, que estima inflação anual de 5,8%, inferior à previsão do trimestre anterior.

De acordo com Castelo Branco, um dos motivos de insatisfação do setor industrial com os resultados da economia é que o crescimento deve ser baseado nos investimentos privados, e não públicos, como está ocorrendo.

Neste ano, diz o estudo, os investimentos terão participação maior do que o consumo das famílias no crescimento do PIB. A CNI estima aumento de 8% dos investimentos este ano, contribuindo com 1,5% ponto percentual para a expansão do PIB.


Porém, ressaltam os analistas da CNI, o consumo das famílias, que alavancou a economia em 2012, “perdeu força e crescerá 1,9% neste ano, contribuindo com 1,2 ponto percentual na expansão do PIB".

De acordo com a CNI, a retração do consumo é resultado da queda no ritmo de aumento da oferta de emprego, da redução do rendimento real dos trabalhadores e do aumento do endividamento das famílias. E a taxa média de desemprego permanecerá estável em relação à de 2012, com 5,1% da população economicamente ativa, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A previsão dos analistas da indústria para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) é 5,8% para este ano, acima dos 4,5% da meta oficial.

“Com isso, a CNI estima novos aumentos na taxa básica de juros, a Selic. A previsão é que os juros cheguem a 9,75% ao ano no final de 2013. Nesse cenário, e com a inflação de 5,8%, a taxa de juros média no ano ficará em 1,9% ao ano, inferior à do ano passado, de 3,1%”, diz o Informe Conjuntural.

No estudo, a CNI diz também que “a alternância entre queda e crescimento dos indicadores de atividade é a característica mais marcante da evolução da economia em 2013. Quanto ao câmbio, o Informe Conjuntural prevê que o real continue se desvalorizando diante do dólar e projeta cotação de R$ 2,23 por US$ 1 em dezembro e feche o ano com média de R$ 2,14 por US$ 1.

As previsões indicam ainda que o superávit comercial deste ano será “apenas US$ 1,7 bilhão, com exportações de US$ 240,5 bilhões e importações de US$ 238,8 bilhões”. Para a CNI a valorização do dólar diante do real é insuficiente para acelerar as exportações.

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