Trabalhadoras domésticas: uma das mudanças no perfil dos empregados é o envelhecimento de quem atua no setor; em 2007, jovens e adultos de até 39 anos respondiam por 48%. Em 2014, esse grupo caiu para 32,6%. (Mario Rodrigues/Veja São Paulo)
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2015 às 14h46.
São Paulo - O percentual de empregados domésticos mensalistas com carteira de trabalho assinada aumentou de 38,6% em 2013 para 40,9% no ano passado, segundo estudo da Fundação Seade feito na região metropolitana de São Paulo. A parcela dos que contribuíram para a previdência social ainda é de 47,9%.
A criação de postos de trabalho em 2014 foi maior para vagas com carteira assinada (3,6%), enquanto o emprego para mensalistas sem carteira caiu 14,8%. O contingente de diaristas ficou praticamente estável em -0,7%.
A proporção de trabalhadores domésticos no mercado de trabalho foi de 6,5%, ou 634 mil pessoas, no ano passado. Desse total, 96,5% eram mulheres. A pesquisa mostrou ainda que houve drástica redução entre os funcionários que dormem na residência. Em 1992, eles representavam 22,8% do total de empregados domésticos, percentual que diminuiu para 1,7% em 2014.
A parcela de mulheres negras empregadas no trabalho doméstico cresceu nos últimos 15 anos. Em 2000, eram 49,1%, passando para 50,9% em 2012, para 51,4% em 2013 e chegou a 52,6% em 2014.
Outra mudança no perfil dos empregados domésticos é o envelhecimento de quem atua no setor. Em 2007, jovens e adultos de até 39 anos respondiam por 48%. Em 2013, esse grupo caiu para 36,3% e, em 2014, diminuiu para 32,6%.
O rendimento médio real ficou relativamente estável para as mensalistas que têm carteira assinada (0,5%), com salário de R$ 6,59 por hora trabalhada. O rendimento aumentou, por sua vez, tanto para as diaristas (6,3%), que receberam R$ 8,56 a hora, quanto para as mensalistas sem carteira (14,1%), que tiveram ganhos de R$ 5,59 a hora.