Economia

Crédito para custeio recua 0,9% de julho a outubro

Os dados divulgados hoje pelo Ministério da Agricultura mostram liberação de R$ 29,467 bilhões nos três primeiros meses da safra atual

Segundo o Ministério da Agricultura, a maior parte dos recursos liberados para custeio e comercialização corresponde à obrigatoriedade de aplicação no crédito rural  (Divulgação)

Segundo o Ministério da Agricultura, a maior parte dos recursos liberados para custeio e comercialização corresponde à obrigatoriedade de aplicação no crédito rural (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2011 às 22h58.

Brasília - A liberação dos recursos para custeio e comercialização previstos no Plano de Safra 2011/2012 recuou 0,9% no período de julho a outubro em relação ao mesmo período do ano passado, quando atingiu R$ 29,747 bilhões. Os dados divulgados hoje pelo Ministério da Agricultura mostram liberação de R$ 29,467 bilhões nos três primeiros meses da safra atual. Já o crédito para investimento cresceu 7% ante os R$ 4,367 bilhões do ano passado, atingindo R$ 4,673 bilhões.

Segundo o Ministério da Agricultura, a maior parte dos recursos liberados para custeio e comercialização corresponde à obrigatoriedade de aplicação no crédito rural de parcela dos depósitos à vista dos bancos. Os recursos obrigatórios liberados entre julho e outubro somaram R$ 20,357 bilhões. O valor corresponde a 50,9% do previsto para esta safra e ficou 19% acima do liberado em igual período do ano passado.

No caso do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), houve aumento de 2,5% na liberação total de recursos destinados a custeio e comercialização, que atingiu R$ 1,094 bilhão. O principal agente financeiro foi o Banco do Brasil, que liberou R$ 1,557 bilhão, valor 20,4% acima do registrado em igual período do ano passado. Ainda não houve registro de liberação no Pronamp de parte dos R$ 2 bilhões previstos dos recursos obrigatórios.

Os recursos da poupança rural aplicados em custeio e comercialização nos três primeiros meses desta safra somaram R$ 2,391 bilhões, valor 44% abaixo dos R$ 4,273 bilhões liberados em igual período do ano passado. As liberações de recursos do Fundo de Defesa da Cafeicultura (Funcafé) para custeio e comercialização totalizaram R$ 668,2 milhões, com recuo de 31,9% em relação aos R$ 981,2 milhões liberados de julho a outubro do ano passado. Também houve uma queda de 24,1% no repasse dos recursos dos constitucionais, que passou de R$ 832 milhões nos primeiros três meses da safra passada para R$ 631,3 milhões neste ano.


No crédito de investimento a principal fonte de recursos até agora é a obrigatoriedade sobre os depósitos à vista dos bancos. As aplicações somaram R$ 1,666 bilhão de julho a outubro deste ano, valor 0,8% superior a igual período do ano passado. As liberações de recursos dos fundos constitucionais somaram R$ 1,110 bilhão e tiveram crescimento de 37,1%. A planilha mostra recuo de 31,5% nas liberações do BNDES, que atingiram R$ 863,5 milhões. Na linha especial do BNDES, a juros controlados de 6,5% ao ano, para financiar bens de capital, foram liberados até agora R$ 2,074 bilhões, valor 1,1% acima do registrado em igual período do ano passado.

O programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABCE), um dos principais destaques no atual Plano de Safra, ainda continua com baixo volume de operações. O programa conta com juros de 5,5% ao ano para financiar práticas sustentáveis, como recuperação de pastagens e integração lavoura-pecuária. Segundo o levantamento, de julho a outubro foram liberados R$ 107,2 milhões, valor 19,4% acima do registrado em igual período do ano passado, mas apenas 3,4% do montante de R$ 3,150 bilhões disponibilizados nesta safra. O Pronamp, outra aposta do governo, para proporcionar competitividade à classe média rural, apresentou expansão de 78,5% nas liberações para investimento, que atingiram R$ 692,1 milhões.

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