Exame Logo

Credibilidade do Fed é testada com inflação abaixo da meta

Especialistas estão se perguntam se o banco central eventualmente irá precisar intensificar seu programa de compra de títulos, que já é agressivo

Ben Bernanke do Federal Reserve: banco central cortou suas taxas de juros para zero no fim de 2008, durante a crise financeira (REUTERS/Sergei Karpukhin)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 10h51.

Washington - Com a taxa de inflação dos Estados Unidos em quase metade da meta de 2 por cento do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, o Fed está passando por um grande teste e alguns especialistas se perguntam se eventualmente irá precisar intensificar seu programa de compra de títulos, que já é agressivo.

O Fed cortou suas taxas de juros para zero no fim de 2008, durante a crise financeira. Desde então, vem comprando mais do que 2,5 trilhões de dólares em títulos para impulsionar a fraca recuperação econômica e acelerar a queda no desemprego.

Apesar dessas ações, o principal indicador de inflação do Fed, o índice de gastos do consumidor (PCE, na sigla em inglês), desacelerou para mínima de 3 anos e meio, de 1 por cento.

Além disso, pelas próprias projeções do Fed, a inflação deve permanecer abaixo da meta do banco central durante anos.

"Eles dizem que vão estabelecer a política monetária de uma maneira que assegure que a inflação futura seja de 2 por cento", disse professor de economia na Gerald Ford School de Política Pública, da Universidade de Michigan, Justin Wolfers.

"Agora, eles esperam que seja menor do que isso, e que o desemprego seja alto, então o próprio panorama do Fed diz que eles precisam fazer mais ações de estímulo", continuou Wolfers.

Isso pode acontecer, se a desaceleração na inflação persistir. Por enquanto, as autoridades do Fed não veem a queda como um sinal de ameaça deflacionária preocupante.

Na reunião da semana passada, o banco central decidiu continuar com sua compra de títulos de 85 bilhões de dólares ao mês.

Na declaração, o Fed caracterizou a inflação como "estando de algum modo abaixo" da meta, uma frase que vem empregando desde dezembro.

As autoridades também podem encontrar algum conforto na diferença crescente entre o indicador de inflação que eles buscam e o índice de preços ao consumidor, que é mais popular.

A inflação dos preços ao consumidor vem subindo em taxas muito mais altas, o que pode sugerir que a queda nos preços do PCE irá mostrar-se transitória e irá se reverter caso o crescimento econômico acelere como o esperado até o fim de 2013.

Veja também

Washington - Com a taxa de inflação dos Estados Unidos em quase metade da meta de 2 por cento do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, o Fed está passando por um grande teste e alguns especialistas se perguntam se eventualmente irá precisar intensificar seu programa de compra de títulos, que já é agressivo.

O Fed cortou suas taxas de juros para zero no fim de 2008, durante a crise financeira. Desde então, vem comprando mais do que 2,5 trilhões de dólares em títulos para impulsionar a fraca recuperação econômica e acelerar a queda no desemprego.

Apesar dessas ações, o principal indicador de inflação do Fed, o índice de gastos do consumidor (PCE, na sigla em inglês), desacelerou para mínima de 3 anos e meio, de 1 por cento.

Além disso, pelas próprias projeções do Fed, a inflação deve permanecer abaixo da meta do banco central durante anos.

"Eles dizem que vão estabelecer a política monetária de uma maneira que assegure que a inflação futura seja de 2 por cento", disse professor de economia na Gerald Ford School de Política Pública, da Universidade de Michigan, Justin Wolfers.

"Agora, eles esperam que seja menor do que isso, e que o desemprego seja alto, então o próprio panorama do Fed diz que eles precisam fazer mais ações de estímulo", continuou Wolfers.

Isso pode acontecer, se a desaceleração na inflação persistir. Por enquanto, as autoridades do Fed não veem a queda como um sinal de ameaça deflacionária preocupante.

Na reunião da semana passada, o banco central decidiu continuar com sua compra de títulos de 85 bilhões de dólares ao mês.

Na declaração, o Fed caracterizou a inflação como "estando de algum modo abaixo" da meta, uma frase que vem empregando desde dezembro.

As autoridades também podem encontrar algum conforto na diferença crescente entre o indicador de inflação que eles buscam e o índice de preços ao consumidor, que é mais popular.

A inflação dos preços ao consumidor vem subindo em taxas muito mais altas, o que pode sugerir que a queda nos preços do PCE irá mostrar-se transitória e irá se reverter caso o crescimento econômico acelere como o esperado até o fim de 2013.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Fed – Federal Reserve SystemInflaçãoMercado financeiroPaíses ricosPolítica monetária

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame