Economia

Metade da receita de pequenos fabricantes de alimentos evaporou

Estratégias como o lançamento de promoções, frete gratuito e mudanças no modelo de negócios são tábua de salvação para a maioria

Alimentos: muitos criaram e-commerces, para vender diretamente aos consumidores (istetiana/Getty Images)

Alimentos: muitos criaram e-commerces, para vender diretamente aos consumidores (istetiana/Getty Images)

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Clara Cerioni

Publicado em 22 de abril de 2020 às 17h07.

Última atualização em 22 de abril de 2020 às 17h08.

Com o fechamento do comércio provocado pela quarentena, 56% das pequenas e médias empresas que fabricam alimentos e bebidas perderam mais da metade do faturamento no mês de março, segundo um levantamento da plataforma Local.e, que conecta os produtores aos varejistas. A startup conta com mais de 1.100 marcas, 3.000 produtos e 200 comerciantes. 

A boa notícia é que 85,5% garantem não terem demitido funcionários. Grande parte dos fabricantes ouvidos pela pesquisa disseram ter criado estratégias como o lançamento de promoções, frete gratuito e mudanças no modelo de negócios.

Muitos criaram e-commerces, para vender diretamente aos consumidores, e fizeram parcerias para conseguir realizar entregas. 

“Muitas dessas empresas estavam se preparando para o crescimento econômico previsto para este ano”, diz Leila Okumura, diretora da Local.e. “Vai ser desafiador manter as contas em dia se algo não mudar nos próximos meses”.

O governo anunciou um pacote de 40 bilhões de reais para financiar dois meses da folha de pagamento de empresas com faturamento entre 360 mil reais e 10 milhões de reais, com a intenção de preservar os empregos.

A Caixa Econômica Federal e o Sebrae fecharam uma parceria nesta segunda-feira, 20, para a oferta de crédito para micro e pequenas empresas com receita de até 4,9 milhões de reais por ano. 

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