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Cotas baixas e tarifas dificultam negociações UE-Mercosul

As tarifas não são apenas no caso de etanol e carne, apesar desses serem considerados os piores casos porque as cotas seriam decepcionantes

UE: "O Mercosul tem pedido consistentemente que qualquer cota tem que ser livre de tarifas" (Darren Staples/Reuters)
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Reuters

Publicado em 5 de outubro de 2017 às 21h27.

Brasília - Além das cotas decepcionantes para importação de carne e etanol do Mercosul , a União Europeia incluiu, dentro dessas cotas, tarifas de importação, o que dificulta ainda mais a aceitação da oferta pelos países sul-americanos, disse à Reuters uma fonte que acompanha as negociações.

As tarifas não são apenas no caso de etanol e carne, apesar desses serem considerados os piores casos porque as cotas, de 70 mil toneladas de carne e 600 mil de etanol, teriam sido avaliadas como decepcionantes.

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Segundo a fonte, em todos os casos em que os europeus ofereceram cotas, colocaram ainda tarifas de importação dentro dessas cotas, mesmo que menores que as praticadas normalmente

"O Mercosul tem pedido consistentemente que qualquer cota tem que ser livre de tarifas. Tudo que foi oferecido com cotas ainda foi colocado com tarifas. É uma demanda que ainda não foi atendida", disse a fonte.

No quarto dia de negociações, a parte central da tentativa de um acordo de livre comércio, que é justamente o acesso a mercados, continuou sem grandes avanços. O Mercosul apresentou o que os diplomatas chamam de uma metodologia --passos que devem ser cumpridos-- para que as negociações avancem e o acordo possa ser fechado em dezembro, como pretendiam os europeus.

"O Mercosul se coordenou e pôs na mesa uma oferta formal de um procedimento para concluir a negociação nos prazos previstos. Achamos importantes colocar algo ambicioso, que demonstre compromisso efetivo da negociação. A UE ainda não reagiu", contou a fonte.

Os negociadores sul-americanos esperam ter uma resposta da UE na sexta-feira, último dia dessa rodada de negociações. Os dois lados voltam a se reunir apenas no início de novembro para tentar, mais uma vez, avançar no acesso a mercados.

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