Economia

Corte de IPI faz CNDL subir projeção para Natal a 8,5%

A mudança foi causada pelas medidas apresentadas pelo governo, que reduziu e até zerou o Imposto sobre Produtos Industrializados de itens da linha branca

Apesar da elevação da estimativa da CNDL, o desempenho do comércio varejista no Natal deste ano não será tão forte quanto o verificado em 2010 (Alan Cleaver/Creative Commons)

Apesar da elevação da estimativa da CNDL, o desempenho do comércio varejista no Natal deste ano não será tão forte quanto o verificado em 2010 (Alan Cleaver/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 09h14.

Brasília - O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, informou hoje que revisou sua projeção, feita no mês passado, para as vendas de Natal, de 6,5% para 8,5%. A mudança foi causada pelas medidas apresentadas na semana passada pelo governo, que reduziu e até zerou o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de itens da linha branca. "No dia seguinte ao anúncio do IPI, no calor das novidades, tínhamos falado em aumento de até 9%", comentou.

Segundo Pellizzaro Junior, a ação do governo resultará em um impacto positivo para as vendas do setor, porque o segmento de eletrodomésticos é significativo, em função do valor agregado de seus produtos. "É preciso vender muita camiseta para ter o valor de uma geladeira", comparou.

Apesar da elevação da estimativa da CNDL, o desempenho do comércio varejista no Natal deste ano não será tão forte quanto o verificado em 2010. Na ocasião, houve aumento das vendas de 12% nesta época do ano, em relação a 2009. Para o presidente da confederação, o tíquete médio deve se manter em relação ao ano passado, ou ter leve alta. "Antes do IPI, esperávamos uma queda", disse. Ele não afirmou, porém, qual foi o valor do tíquete médio de 2010, alegando que há uma variedade muito grande de preços dos produtos escolhidos como presentes.

Na avaliação de Pellizzaro, as vendas do varejo devem crescer mais na região Nordeste do que no Sul e Sudeste, em razão da diferença dos mercados consumidores. "Enquanto uns estão mais maduros e crescem menos, outros estão ainda verdes", comentou.

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