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Correios podem demitir em nova reestruturação

Empresa pode caminhar para a privatização se não equilibrar contas rapidamente

Correios: empresa tem missão de equilibrar contas rapidamente (Lia Lubambo/Site Exame)

Lucas Agrela

Publicado em 14 de maio de 2017 às 13h25.

Última atualização em 14 de maio de 2017 às 13h34.

São Paulo – Os Correios preparam uma proposta de reestruturação ainda para este mês de maio. Em entrevista ao G1, o presidente da estatal, Guilherme Campos, diz que a medida visa trazer as contas de volta ao azul – e o corte de funcionários não está descartado.

A empresa tem prejuízo de 4 bilhões de reais nas contas de 2015 e 2016. O resultado de seu programa de demissão incentivada teve resultados abaixo do esperado e, por isso, a estatal estuda o corte de trabalhadores. Funcionários aposentados ainda na ativa, pessoal do setor administrativo e quem ganha mais do que o comum deve ser atingido pelas demissões, se forem juridicamente viáveis. Para voltar ao azul, os Correios também anunciaram o fechamento de agências.

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No programa de demissão do ano passado, 5,5 mil pessoas saíram, enquanto o esperado era de 8 mil e o total de elegíveis para o processo era de 17 mil pessoas. A saída dos funcionários por meio programa vai promover uma economia de 700 milhões de reais ao ano.

Em março, Giberto Kassab, ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, afirmou que a empresa vai “caminhar para um processo de privatização” se não apresentar um equilíbrio de contas rapidamente.

Outra medida que deve gerar economia de 1,2 bilhão de reais por ano é a restrição da cobertura do plano de saúde somente para o funcionário, e não mais para parentes.

A empresa também pode ser desobrigada a estar presente em todos os estados e a visitar com frequência regiões mais afastadas do Brasil. Nesse cenário, microfranquias operadas comerciantes locais. A criação de uma empresa aérea de entregas também está prevista, apesar das contas no vermelho, para oferecer mais “confiabilidade” no transporte, que hoje é feito por “empresas pequenas com aviões velhos”, segundo o presidente dos Correios.

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