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Coronavírus: Moody's estima que venda global de carros caia 2,5%

Mercados que competem com a China nas vendas de automóveis também devem sofrer com os desdobramentos

Carros: apesar de quedas em grandes mercados de automóveis, setor na América Latina deve crescer (Paulo Whitaker/Reuters)
AO

Agência O Globo

Publicado em 26 de fevereiro de 2020 às 13h19.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2020 às 13h20.

Rio — A agência de classificação de risco Moody's estima que as vendas globais de automóveis deve cair 2,5% neste ano diante da emergência global de coronavírus. Anteriormente, a projeção da agência era de uma queda de 0,9% para 2020.

A Moody's avalia que somente em 2021 as vendas globais de automóveis se recuperem, apresentando crescimento de 1,5%.

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Especificamente no caso chinês, a agência estima que as vendas de automóveis (que incluem veículos de passageiros e comerciais) caiam 2,9% este ano, um desempenho significativamente mais fraco do que o crescimento de 1% que foi projetado anteriormente.

"Paradas forçadas de trabalho, níveis mais baixos de produção devido aos dias de folga determinados pelo governo, fluxo reduzido de trabalhadores migrantes na China e as interrupções nas cadeias de suprimentos de autopeças reduziram os níveis de produção. Como resultado desses fatores, esperamos que as vendas de automóveis caiam significativamente em relação ao ano anterior em fevereiro e março, com as montadoras provavelmente recuperando apenas metade das vendas perdidas durante o balanço do ano", avaliou a Moody's em relatório.

Leitura positiva para Brasil

Os mercados que competem com a China nas vendas de automóveis também devem sofrer com os desdobramentos e disseminação dos casos de Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus) fora da China, de acordo com a agência.

"Esperamos que as vendas unitárias fora dos quatro maiores mercados de automóveis da China, EUA, Europa Ocidental e Japão caiam 2,6% em 2020", projetou a Moody's.

No caso latino-americano, a leitura é mais positiva.

"Esperamos um crescimento modesto na Índia e no México, com ganhos mais fortes no Brasil e na Argentina", concluiu o relatório.

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