Economia

Copom recomenda cautela com a política monetária

O Copom avaliou que a maior dispersão observada recentemente de aumentos de preços ao consumidor contribui para que a inflação mostre resistência


	O Copom manteve a "hipótese de trabalho" de que o superávit primário do Brasil em 2013 será de R$ 155,9 bilhões
 (Marcos Santos/USP Imagens)

O Copom manteve a "hipótese de trabalho" de que o superávit primário do Brasil em 2013 será de R$ 155,9 bilhões (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2013 às 10h43.

Brasília - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ponderou, em ata da reunião da semana passada divulgada nesta quinta-feira, que "incertezas remanescentes", de origem externa e interna, cercam o cenário prospectivo da autoridade monetária e recomendam que a política monetária deva ser administrada "com cautela".

O Copom avaliou que a maior dispersão observada recentemente de aumentos de preços ao consumidor contribui para que a inflação mostre resistência.

No documento divulgado em janeiro, ao fazer uma análise semelhante, o BC havia considerado que essa difusão tendia a contribuir para essa resistência e agora já diz que contribui para o movimento.

O BC cita como dispersão pressões sazonais e localizadas no segmento de transportes, entre outros fatores. Para o Comitê, essa dinâmica desfavorável pode não representar um fenômeno temporário, mas "uma eventual acomodação da inflação em patamar mais elevado".

O Copom manteve a "hipótese de trabalho" de que o superávit primário do Brasil em 2013 será de R$ 155,9 bilhões, conforme os parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para 2014, admite-se, como hipótese, a geração de superávit primário "em torno" de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomJurosMercado financeiroPolítica monetária

Mais de Economia

Haddad e Rui Costa discutem medidas fiscais: 'Vamos colocar a mão na massa', diz chefe da Casa Civil

Comércio exterior brasileiro fecha 2024 com superávit de US$ 74,5 bilhões, segundo maior da história

‘A prioridade, agora, é votar o orçamento’, diz Haddad

Análise: Projeção de juros vai a 15%, mas expectativas para inflação seguem desancoradas até 2027