Economia

Copom mantém juros e descarta viés

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 26,5% na reunião detsa quarta-feira, mas retirou o viés de alta. Com a exclusão do viés, o Copom sinaliza para o mercado a intenção de não alterar a taxa básica de juros até a próxima reunião, marcada para os dias 20 […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h52.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 26,5% na reunião detsa quarta-feira, mas retirou o viés de alta. Com a exclusão do viés, o Copom sinaliza para o mercado a intenção de não alterar a taxa básica de juros até a próxima reunião, marcada para os dias 20 e 21 de maio.

Grande parte dos analistas já aguardavam a retirada do viés e a manutenção dos juros. Em seu relatório semanal, o Lloyds TSB destacou que o viés de elevação, definido pela primeira vez na história do Copom na última reunião, não foi usado e era provável que fosse descartado na reunião de hoje.

O Banco Central ainda está avaliando os efeitos dos aumentos da Selic realizados no final do ano passado e início deste ano , diz Eduardo Berger, economista do Lloyds. Ainda há sinais de uma inércia inflacionária que pode alimentar repasses. Para o mercado, a política de juros apertados deve prosseguir, mas sem novas altas, tanto que a curva de juros, projetada a partir do DI-Futuro, aponta uma Selic menor em janeiro, na casa dos 24,7%.

A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) divulgou nota com elogias à retirada do viés de alta, mas fez um alerta sobre os efeitos negativos da política monetária muito rígida. Se o Banco Central não aproveitar o espaço que a valorização cambial está abrindo para a queda dos juros, o mercado interno permanecerá retraído, não podendo compensar o desaquecimento de nossas vendas externas , diz o texto assinado por Horacio Lafer Piva, presidente da Fiesp.

Em nota oficial, o deputado federal Armando Monteiro Neto, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), também considerou a decisão do Copom de retirar o viés de alta um sinal positivo, que reflete a melhora da economia brasileira a partir da valorização do real frente ao dólar. Mas a redução dos índices inflacionários não alcançou os resultados que nós esperávamos , disse Monteiro. O processo de diminuição das taxas está sendo lento. Na avaliação da CNI, o quadro aponta claramente para uma perspectiva de melhora, indicando que nos próximos meses o BC poderá iniciar um movimento firme de redução dos juros.

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