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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h46.
Pela primeira vez em 19 meses, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,25 ponto percentual, para 16,25% ao ano (o patamar de março de 2004). Desde abril, a Selic estava em 16% ao ano.
Nenhum diretor do Copom votou pela manutenção dos juros. A 100ª reunião do comitê teve cinco votos pedindo alta para 16,25% e três a favor de elevação para 16,50%.
Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a tentativa do BC de conter o crescimento acentua o risco de "forte inflexão" de expectativas entre consumidores e investidores, porque a partir de agora "não se sabe onde os juros vão parar".
Segundo o economista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Reinaldo Gonçalves, a política monetária deveria ter foco totalmente diferente. "A taxa de juros deveria ser mínima, atrelada à variação do PIB real ou até menor, em cerca de 3%."
No caso de pressão inflacionária pela demanda, a política monetária deveria acionar os instrumentos da elevação dos depósitos compulsórios; descolamento da taxa de redesconto da taxa Selic; e elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Neste último caso, diz Gonçalves, haveria adicionalmente um efeito fiscal positivo.
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Fonte: BC