Copa pode gerar 1 milhão de empregos e injetar R$ 30 bilhões
De acordo com levantamento da Fipe, a Copa poderá gerar 1 milhão de empregos no país e injetar R$ 30 bilhões na economia
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2014 às 14h45.
Rio de Janeiro -A Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014 vai gerar cerca de 1 milhão de empregos no país, o que equivalente a mais de 15% dos 4,8 milhões de empregos formais criados ao longo do governo da presidente Dilma Rousseff .
Além da geração de postos de trabalho, a Copa do Mundo, deve propiciar a injeção de R$ 30 bilhões na economia brasileira.
Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a pedido do Ministério do Turismo.
O estudo tem como parâmetro uma comparação entre a projeção dos impactos gerados pela Copa do Mundo e as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e tem como referência o período de janeiro de 2011 a março de 2014.
Durante visita ao Centro Aberto de Mídia João Saldanha, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, o presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Vicente Neto, avaliou o resultado da pesquisa.
Para ele, trata-se de um número “extremamente significativo que nós estamos comemorando neste momento. É um legado humano extraordinário”, disse.
Segundo o levantamento, do total de vagas relacionadas à Copa, 710 mil são fixas e 200 mil são temporárias (todos com carteira assinada).
Só na cadeia do turismo, foram gerados 50 mil novos empregos em função do evento esportivo.
Vicente Neto ressaltou, durante a entrevista, a taxa de ocupação da rede hoteleira nas 12 cidades-sede na primeira semana do Mundial, que ficou 45% acima do esperado, de acordo com autoridades do setor.
Até o dia 11 de junho, foram registradas 340 mil diárias, 100 mil a mais que o previsto pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil. “Os números estão superando as expectativas”, disse o presidente da Embratur.
Na avaliação de Vicente Neto, a expectativa da Embratur é de que a realização de grandes eventos, como a Copa, ajudem a projetar o Brasil como destino turístico de destaque no cenário internacional, impulsionando a geração de emprego e renda no país.
O presidente da Embratur lembrou que o Brasil tem se destacado no cenário mundial de realização de eventos e subiu dez posições no ranking da International Congress and Convention Association (ICCA) de 2003 a 2013, ao saltar da 19ª para a 9ª posição entre os países do mundo que mais recebem congressos e convenções associativas.
“O total de eventos realizados no Brasil neste período saltou de 62 para 315, e o número de cidades que sediaram esses encontros aumentou de 22 para 54. Essa evolução é resultado da política de descentralização na captação de eventos internacionais”, disse.