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Copa de 2014 deve elevar PIB do país em 1,5 p.p. em 3 anos, diz Itaú

As despesas totais da população com o evento, conforme o levantamento, devem ter um aumento de 5,3 bilhões a 10,6 bilhões de reais até 2014

Empresários brasileiros precisam acordar para as oportunidades geradas pela realização da Copa do Mundo de 2014 (Flickr)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2012 às 22h06.

São Paulo - A Copa do Mundo de 2014 no Brasil pode resultar no incremento de 1,5 ponto percentual no Produto Interno Bruto ( PIB ) do país em três anos, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Itaú Unibanco, que apontou os setores de infraestrutura, consumo e turismo como os mais beneficiados pelo mundial.

Segundo o economista-chefe do banco, Ilan Goldfajn, o efeito do evento na economia brasileira deve se refletir no aumento de 0,5 ponto percentual no PIB a cada ano, resultando na criação de 250 mil empregos, o que teria impacto de 1 ponto percentual na taxa de desemprego.

As previsões desta semana do relatório Focus, do Banco Central, apontaram que o PIB crescerá 2,3 por cento este ano e 4,25 por cento em 2013.

As despesas totais da população com o evento, conforme o levantamento, devem ter um aumento de 5,3 bilhões a 10,6 bilhões de reais até 2014, considerando uma base de 145 milhões de consumidores ativos naquele ano.

"A economia pode estar mais fraca agora em alguns setores, mas vai melhorar no segundo semestre e a Copa vai impulsionar ainda mais", disse Goldfajn.


O economista citou ainda os efeitos da realização do mundial sobre o turismo no país. De acordo com o estudo, após a Copa de 2010 na África do Sul, as receitas com turismo naquele país aumentaram em 25 por cento.

Enquanto isso, as exportações de países que sediaram os jogos cresceram 30 por cento, ainda segundo o levantamento, por refletir a "imagem de um país aberto", disse Goldfajn.

Na defesa de que o desempenho da Copa do Mundo está quase totalmente atrelado ao bom resultado da economia doméstica -e vice-versa-, o economista e consultor Ricardo Amorim defendeu que "vamos receber a Copa porque a economia melhorou e a economia vai melhorar mais porque vamos receber a Copa".

Dentre os benefícios oriundos da preparação para o evento, Amorim assinalou o desenvolvimento de regiões mais pobres das grandes cidades, como a construção do estádio do Corinthians, em Itaquera, na zona leste da capital paulista.

"Futebol e economia andam de mãos dadas... o processo de melhora nos últimos anos gera uma série de incentivos, impactos positivos", afirmou.

As estimativas oficiais projetam 36,46 bilhões de reais em investimentos para realização do mundial de futebol no Brasil, sendo a maior parcela, 12,7 bilhões de reais, voltada a transportes. Na sequência ficam os aportes em estádios (7,2 bilhões) e aeroportos (5,3 bilhões).

Fifa confiante em prazos

Um dos questionamentos mais recorrentes quanto à Copa de 2014 envolve as incertezas sobre a conclusão das obras necessárias a tempo da realização do evento no país.

O diretor de marketing da FIFA, Jay Neuhaus, entretanto, disse estar tranquilo em relação aos prazos das obras em andamento.

"Alguns projetos ficarão prontos no limite, mas temos confiança de que os 12 estádios estarão prontos", disse Neuhaus, acrescentando que a FIFA está acompanhando de perto o trabalho nos estádios.

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São Paulo - A Copa do Mundo de 2014 no Brasil pode resultar no incremento de 1,5 ponto percentual no Produto Interno Bruto ( PIB ) do país em três anos, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Itaú Unibanco, que apontou os setores de infraestrutura, consumo e turismo como os mais beneficiados pelo mundial.

Segundo o economista-chefe do banco, Ilan Goldfajn, o efeito do evento na economia brasileira deve se refletir no aumento de 0,5 ponto percentual no PIB a cada ano, resultando na criação de 250 mil empregos, o que teria impacto de 1 ponto percentual na taxa de desemprego.

As previsões desta semana do relatório Focus, do Banco Central, apontaram que o PIB crescerá 2,3 por cento este ano e 4,25 por cento em 2013.

As despesas totais da população com o evento, conforme o levantamento, devem ter um aumento de 5,3 bilhões a 10,6 bilhões de reais até 2014, considerando uma base de 145 milhões de consumidores ativos naquele ano.

"A economia pode estar mais fraca agora em alguns setores, mas vai melhorar no segundo semestre e a Copa vai impulsionar ainda mais", disse Goldfajn.


O economista citou ainda os efeitos da realização do mundial sobre o turismo no país. De acordo com o estudo, após a Copa de 2010 na África do Sul, as receitas com turismo naquele país aumentaram em 25 por cento.

Enquanto isso, as exportações de países que sediaram os jogos cresceram 30 por cento, ainda segundo o levantamento, por refletir a "imagem de um país aberto", disse Goldfajn.

Na defesa de que o desempenho da Copa do Mundo está quase totalmente atrelado ao bom resultado da economia doméstica -e vice-versa-, o economista e consultor Ricardo Amorim defendeu que "vamos receber a Copa porque a economia melhorou e a economia vai melhorar mais porque vamos receber a Copa".

Dentre os benefícios oriundos da preparação para o evento, Amorim assinalou o desenvolvimento de regiões mais pobres das grandes cidades, como a construção do estádio do Corinthians, em Itaquera, na zona leste da capital paulista.

"Futebol e economia andam de mãos dadas... o processo de melhora nos últimos anos gera uma série de incentivos, impactos positivos", afirmou.

As estimativas oficiais projetam 36,46 bilhões de reais em investimentos para realização do mundial de futebol no Brasil, sendo a maior parcela, 12,7 bilhões de reais, voltada a transportes. Na sequência ficam os aportes em estádios (7,2 bilhões) e aeroportos (5,3 bilhões).

Fifa confiante em prazos

Um dos questionamentos mais recorrentes quanto à Copa de 2014 envolve as incertezas sobre a conclusão das obras necessárias a tempo da realização do evento no país.

O diretor de marketing da FIFA, Jay Neuhaus, entretanto, disse estar tranquilo em relação aos prazos das obras em andamento.

"Alguns projetos ficarão prontos no limite, mas temos confiança de que os 12 estádios estarão prontos", disse Neuhaus, acrescentando que a FIFA está acompanhando de perto o trabalho nos estádios.

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