Economia

Convidada por Bolsonaro, criança questiona ministra sobre alta do arroz

Ministra da agricultura, Teresa Cristina, reconheceu que produto está caro, mas prometeu trabalhar para baixá-lo

Bolsonaro fala em prorrogar auxílio emergencial até fim do ano (Carolina Antunes/PR/Flickr)

Bolsonaro fala em prorrogar auxílio emergencial até fim do ano (Carolina Antunes/PR/Flickr)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 8 de setembro de 2020 às 15h23.

Última atualização em 8 de setembro de 2020 às 18h55.

Uma youtuber mirim reclamou nesta quarta-feira, durante reunião ministerial, do preço do gás no Brasil e perguntou se o valor do arroz "vai aumentar mais". Esther, de 10 anos, foi convidada pelo presidente Jair Bolsonaro para participar da reunião e fez uma série de perguntas aos ministros, parte delas sugeridas pelo presidente.

“O preço do gás vai abaixar ou vai aumentar mais? Explica ai”, perguntou ao ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia. Ele, no entanto, respondeu que essa resposta era com Paulo Guedes da Economia.

Com a ajuda do ministro Bento, nós estamos aprovando a lei do gás natural e ai vamos dar um choque de energia barata. Esperamos que o gás caia de 20% a 30% pelo menos”, respondeu Guedes à garota.

Prontamente, ela respondeu: Então tá bom. Eu espero isso, porque lá em Ribeirão Preto está quase R$ 90 gente, pelo amor de Deus, né?

No vídeo divulgado no Facebook do presidente, Esther também questionou à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sobre o preço do arroz, produto que vem sofrendo com aumento de preço e pode ser encontrado até 80% mais caro em alguns supermercados

Tereza Cristina, o arroz vai aumentar ou vai abaixar?”, perguntou.

O arroz não vai faltar. Agora ele tá alto, mas nós vamos fazer ele abaixar. Se Deus quiser nós vamos ter uma supersafra”, respondeu a ministra.

Vacina e volta às aulas

A youtuber mirim também fez perguntas ao ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a pandemia do novo coronavírus. Ela o questionou se haverá vacina e remédio para os brasileiros

Esse é o plano. A gente tá fazendo os contratos com quem fazendo a vacina no mundo e a previsão é que as vacinas chegem para nós a partir de janeiro do ano que vem respondeu o militar.

A Milton Ribeiro, ministro da Educação, Esther questionou quando as aulas vão voltar.

Ela já me entrevistou, eu pulei essa pergunta e ela voltou”, brincou o ministro.

“As aulas devem voltar em breve, assim que tiver mais de segurança. Isso depende de cada governo também, estadual, mas logo logo vamos ter novidades”, completou.

Esther também perguntou ao ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, se o Brasil estava "bem defendido".

Vai ficar melhor ainda, porque o grande projeto da Defesa é o serviço militar obrigatório para as mulheres”, afirmou. Segundo a assessoria de imprensa do ministro, a afirmação foi uma brincadeira.

O presidente Bolsonaro afirmou que o governo estuda medidas, por meios dos ministério da Economia e da Agricultura, para dar uma resposta à disparada nos preços de alimentos nos mercados, mas descartou qualquer tipo de tabelamento e reiterou que tem feito um apelo aos empresários do setor para que diminuam a margem de lucro.

"Tenho apelado para eles (donos de supermercados), ninguém vai usar caneta Bic pra tabelar nada, não existe tabelamento, mas estou pedindo a eles que o lucro desses produtos essenciais no supermercado seja próximo de zero", disse Bolsonaro em evento no Planalto transmitido pelas redes sociais do presidente.

Bolsonaro citou especificamente altas no preço do arroz e do óleo de soja, e disse esperar uma normalização a partir da colheita da próxima safra, em janeiro e dezembro.

Enquanto isso, afirmou, o governo está estudando medidas. "Sei que outras medidas estão sendo tomadas pelo ministro da Economia, bem como pela ministra Teresa Cristina (da Agricultura) para nós embasarmos então a resposta a esses preços que dispararam nos supermercados", afirmou, sem dar detalhes. (Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro Edição de Alexandre Caverni)

Acompanhe tudo sobre:Alimentaçãoeconomia-brasileiraGoverno BolsonaroPreços

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação