Economia

BNDES: Bolsonaro diz que falará com Levy sobre dívida de Cuba e Venezuela

Como os financiamentos têm garantia do Tesouro, a conta poderá ficar com a União

A maior parte das dívidas é de empréstimos para obras tocadas nesses países por construtoras brasileiras, como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa (Sergio Moraes/Reuters)

A maior parte das dívidas é de empréstimos para obras tocadas nesses países por construtoras brasileiras, como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de abril de 2019 às 11h58.

Última atualização em 5 de abril de 2019 às 13h49.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender transparência nos negócios feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com Cuba e Venezuela durante os governos do PT. O presidente disse que vai conversar com o presidente do BNDES, Joaquim Levy, sobre o assunto.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que Venezuela, Cuba e Moçambique acumulam R$ 2,3 bilhões em dívidas atrasadas com o BNDES, segundo câmbio de quarta-feira, dia 3. Se esses países não honrarem o pagamento, o governo brasileiro terá de cobrir o calote.

O risco de não pagamento apenas de Venezuela e Cuba levou o banco a registrar perdas de R$ 4,4 bilhões no balanço financeiro de 2018, divulgado na semana passada. A cifra equivale a tudo que o BNDES ainda tem a receber dos dois países.

A maior parte das dívidas é de empréstimos para obras tocadas nesses países por construtoras brasileiras, como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa. Como os financiamentos têm garantia do Tesouro, a conta poderá ficar em Brasília. O projeto de Orçamento de 2019 já prevê R$ 1,4 bilhão de gastos para cobrir calotes. 

Acompanhe tudo sobre:BNDESCubaeconomia-brasileiraVenezuela

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor