Economia

Controle da inflação é uma coisa sagrada, diz Lula

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou esta manhã, na cerimônia de lançamento da segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que o controle da inflação é uma "coisa sagrada". Segundo ele, a inflação prejudica a população mais pobre pois corrói os salários. O presidente ressaltou a importância de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou esta manhã, na cerimônia de lançamento da segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que o controle da inflação é uma "coisa sagrada". Segundo ele, a inflação prejudica a população mais pobre pois corrói os salários. O presidente ressaltou a importância de se manter a responsabilidade fiscal para que seja garantida a estabilidade econômica e disse que o PAC é feito sem colocar em risco este princípio.

Lula mandou um recado aos parlamentares dizendo que em ano de eleição não é o momento de "fazer loucura em votação". "Ano de eleição é hora de pensar na próxima geração", disse Lula, mencionando que o pré-sal tem recebido muitas propostas e é preciso cuidar para que não se disperse muito o dinheiro que pode colocar o Brasil em outro patamar.

Lula também disse que é importante que seja mantida a seriedade não só pelos integrantes do atual governo como também pelos candidatos neste ano. Segundo ele, foi esse comportamento que permitiu que o País conquistasse o direito de sediar as Olimpíadas de 2016. Lula disse que o Brasil hoje é tratado com muito mais respeito no cenário internacional e que "aqueles que antes davam palpite" hoje estão com problemas sérios em seus países. Ele lembrou que o Brasil durante a crise gerou mais de 900 mil empregos formais, enquanto o mundo fechava vagas no mercado de trabalho.

No final do seu discurso, o presidente avisou que quem for ocupar as vagas deixadas pelos atuais ministros que disputarão as eleições de outubro terá de "trabalhar dobrado". Lula afirmou que não quer que os ministros que ficarem trabalhem na campanha eleitoral. Ele fez um elogio específico à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Lembrou que ela foi "a mãe do PAC 1" e brincou que ela não pode ser chamada de mãe eterna do PAC nem de avó do PAC. Disse ainda que as auxiliares da ministra Erenice Guerra e Mirian Belchior foram essenciais para viabilizar o lançamento do PAC 2.

Lula disse também que não está contente com o que fez até agora. "Temos competência de fazer muito mais", disse. Ele ressaltou que, mesmo em ano de crise, foram gastos R$ 12 bilhões no Bolsa Família e que o próximo governo vai ter de fazer mais ou vai ter tanto dinheiro na economia que não vai precisar mais do Bolsa Família. Lula lembrou das críticas que recebeu ao programa. "Os coitados não tinham nem entrado (no programa) e (os críticos) estavam perguntando pela porta da saída. Não sei por que pobre incomoda tanto nesse País", disse.
 

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