São Paulo - Após seguir a queda externa na abertura, o dólar no mercado doméstico descolou-se e subiu, pressionado pelo saldo comercial negativo de US$ 375 milhões no País na primeira semana deste mês e a forte atuação na compra de moeda por parte de uma corretora nacional. Como o volume de negócios na sessão foi mais fraco, a presença desse player na compra fez diferença e ajudou a amparar a inversão de sinal para alta, disse um operador de Tesouraria de um banco estrangeiro. A percepção de certa resistência no rompimento do suporte psicológico de R$ 1,72 também limitou o recuo da moeda pela manhã, disse um operador de uma corretora.

No fechamento das negociações no mercado interbancário de câmbio, o dólar comercial subiu 0,35%, a R$ 1,736. No acumulado do mês, registra baixa de 0,40%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista ganhou 0,41%, a R$ 1,737. Em leilão realizado pela manhã, o Banco Central comprou dólar no mercado à vista com taxa de corte de R$ 1,7283.

No mercado internacional, o dólar recuou frente às principais moedas depois que a China mostrou números vigorosos de comércio exterior em dezembro. As exportações da China cresceram 17,7% em dezembro, encerrando um ciclo de 13 meses de contração, e as importações deram um salto de quase 56%, ambos acima do esperado pelos analistas. O euro retomou o patamar de US$ 1,45, que não era registrado desde o dia 16 de dezembro. Ainda ajudou nesse movimento o dado fraco do relatório de vagas de trabalho ("payroll") norte-americano, que já deprimiu o valor do dólar na sexta-feira passada.

No câmbio turismo, o dólar subiu 0,55% para R$ 1,84 hoje, na ponta de venda; para compra, a moeda foi cotada a R$ 1,72. O euro turismo avançou 0,76% a R$ 2,637 (venda) e R$ 2,49 (compra).