Economia

Contas do governo têm déficit primário de R$ 1,5 bilhão em março

No ano, o superávit acumulado é de R$ 19,4 bilhões

Contas do governo: em março, houve déficit (despesas maiores que receitas) de R$ 1,527 bilhões (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)

Contas do governo: em março, houve déficit (despesas maiores que receitas) de R$ 1,527 bilhões (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 29 de abril de 2024 às 11h29.

As contas do governo federal ficaram no vermelho em março. Dados do Tesouro Nacional divulgados nesta segunda-feira, 29, mostram que houve um déficit (despesas maiores que receitas) de R$ 1,527 bilhão no mês passado.

O resultado é o melhor já registrado para o mês desde 2021, quando houve superávit de R$ 2,468 bilhões, conforme a série histórica do Tesouro Nacional , iniciada em 1997. Em fevereiro, as contas do governo tiveram um déficit de R$ 58,4 bilhões. No ano passado, o mês de março registrou déficit de R$ 7,083 bilhões.

O déficit do mês ficou melhor do que a mediana das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que indicava um déficit primário de R$ 5,1 bilhões.

O resultado foi puxado pela Previdência Social, que registrou déficit de R$ 21,535 bilhões. O Banco Central também teve resultado negativo, mas de apenas R$ 17 milhões. Já o Tesouro Nacional mostrou superávit de R$ 20,024 bilhões.

De acordo com o Ministério da Fazenda, descontada a inflação, houve um crescimento de 4,3% das despesas em março ante igual mês de 2023. Enquanto isso, a receita líquida aumentou em 8,3%.

O resultado primário do governo central acumulado em 12 meses foi deficitário de R$ 247,4 bilhões, equivalente a 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB). No primeiro trimestre deste ano, por sua vez, o resultado é positivo em R$ 19,431 bilhões.

O déficit deste mês aconteceu apesar de um aumento na arrecadação federal, que somou um recorde histórico para o período de R$ 190,5 bilhões.

Segundo o Tesouro Nacional, o resultado da Previdência foi influenciado pelo pagamento de R$ 28,2 bilhões referente ao estoque de precatórios.

Acompanhe tudo sobre:Ministério da FazendaDéficit público

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo