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Conta de luz no Rio terá reajuste de 4,67% a partir de segunda

Dólar e custos para contra de energia pesaram na tarifa

 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AO

Agência O Globo

Publicado em 9 de março de 2021 às 11h06.

Última atualização em 9 de março de 2021 às 11h09.

Puxadas por um uma alta nos custos para a compra de energia e do dólar, as contas de luz dos consumidores do Rio vão subir. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira, um reajuste de 4,67% para os clientes residenciais (de baixa tensão) da Light.

O reajuste entra em vigor na próxima segunda-feira. Para os consumidores industriais (de alta tensão) da Light, o aumento médio será de 11,83%.

A tarifa de energia elétrica é reajustada considerando uma série de fatores, como o dólar e os custos do aumento da geração de energia por meio de usinas térmicas — que é decorrente da falta de chuvas.

Neste ano, o principal fator para o reajuste foi uma alta nos valores que são repassados para os geradores de energia elétrica, como usinas hidrelétricas e termelétricas.

A falta de chuvas e o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas registrados no ano passado contribuíram para a alta nas tarifas em 2021. Sem chuvas, foi preciso acionar mais termelétricas (que são mais caras que as hidrelétricas) para garantir o suprimento. Parte dessa conta adicional ficou para ser paga este ano.

Também subiu o montante transferido para as empresas de linhas de transmissão de eletricidade. A alta do dólar também pesou na conta porque as empresas usam a energia gerada na hidrelétrica de Itaipu, que é paga com base na moeda americana. Por isso, quando o dólar sobe muito, como está ocorrendo nos últimos meses, há o impacto direto nas tarifas.

Além disso, só de subsídios — que cobrem programas do governo no setor elétrico, como o Luz para Todos e descontos nas tarifas para usuários de baixa renda —, os clientes de todo o Brasil pagarão R$ 20 bilhões nas contas de luz em 2020 . Tudo é repassado para as contas de luz.

Por outro lado, a chamada “conta-covid”, um empréstimo feito no ano passado ajudou a compensar a alta. Esse empréstimo foi feito pelas distribuidoras de energia elétrica a um consórcio de bancos e ajudou a amortecer a alta. Os valores, embutidos nas contas, começarão a ser pagos no próximo ano.

Além disso, a Aneel iniciou a devolução de recursos cobrados dos consumidores decorrente da retirada do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins.

Os impostos sobre as contas de luz no Rio estão entre os mais altos do país. Na tarifa da Light paga pelo cliente, 32,1% são para impostos; 31,9%, para compra de energia; e 11,3%, para encargos. Ficam com a distribuidora, de fato, 15,2% da receita.

A Light atende a 3,9 milhões de clientes localizados em 31 municípios do Rio de Janeiro, principalmente na região metropolitana. Tem um faturamento anual de R$ 10,8 bilhões.

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