Economia

Consumo de eletricidade pela indústria brasileira cai 4,9%

Consumo total de eletricidade no Brasil em junho subiu apenas 0,1 por cento ante mesmo mês do ano passado


	Soldador trabalha na linha de montagem da fábrica da GM em São Caetano do Sul
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Soldador trabalha na linha de montagem da fábrica da GM em São Caetano do Sul (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 20h21.

São Paulo - A indústria brasileira reduziu em 4,9 por cento o consumo de eletricidade em junho, na comparação anual, anulando a alta do consumo de outros segmentos, num mês em que a baixa atividade econômica e a Copa do Mundo influenciaram a demanda por energia.

O consumo total de eletricidade no Brasil em junho subiu apenas 0,1 por cento ante mesmo mês do ano passado, enquanto que residências e comércio registraram as menores taxas de crescimento mensal deste ano na comparação com meses correspondentes de 2013, informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta quinta-feira.

O consumo das residências subiu 2,2 por cento em junho e o do comércio avançou 4,2 por cento.

A EPE disse que a realização da Copa do Mundo no país ainda não foi plenamente captada pelo mercado de junho, já que os dados em grande parte referem-se ao consumo medido no período entre 15 de maio e 15 de junho.

No semestre, o consumo de eletricidade no país subiu 3,7 por cento, com a indústria registrando retração de 1,7 por cento na demanda, as residências avanço de 7,1 por cento e o comércio alta de 8,5 por cento.

Indústria Eletrointensiva

O comportamento dos setores eletrointensivos continua sendo o que mais afeta o consumo de eletricidade industrial total do país, em especial a metalurgia do alumínio, segundo a EPE.

A produção nacional de alumínio caiu 31,7 por cento em junho, segundo dados da associação que representa o setor, a ABAL, afetando, também, o consumo industrial no Maranhão (-56,1 por cento), Minas Gerais (-6,6 por cento) e São Paulo (-7,4 por cento).

"Nestes dois últimos, a performance de outros ramos da metalurgia, como o de ferroligas e o siderúrgico, também não foram satisfatórios".

O consumo de energia pela indústria no Nordeste caiu 11 por cento, a queda no Sudeste foi de 6,7 por cento. No Sul, a queda foi de 1,9 por cento.

Houve expansão do consumo industrial somente nas regiões Norte (+7,5 por cento) e Centro-Oeste (+4,8 por cento). O aumento no consumo no Norte se deu em função do retorno da utilização da rede por uma grande empresa de metalurgia no Pará.

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