Economia

Consumidores em SP procuram gastar menos com presentes

A maioria dos compradores preferiu gastar menos este ano, sem deixar de presentear


	Loja de brinquedos em SP: 53,4% da população pagou menos por presentes, contra 30,2% em 2014
 (Fernando Moraes/VEJA SÃO PAULO)

Loja de brinquedos em SP: 53,4% da população pagou menos por presentes, contra 30,2% em 2014 (Fernando Moraes/VEJA SÃO PAULO)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2015 às 12h53.

São Paulo - Os consumidores que deixaram as compras para a véspera do Natal buscam produtos mais baratos na Rua 25 de Março, região de comércio popular no centro da capital paulista, durante a manhã de hoje (24).

A maioria dos compradores preferiu gastar menos este ano, sem deixar de presentear.

Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que 53,4% da população pagou menos por presentes, contra 30,2% em 2014.

O número de presentes, por sua vez, permaneceu igual ao do ano passado, com 51,5% das pessoas comprando até três presentes e 27,2%, de quatro a cinco.

“Estou querendo gastar bem menos este ano e pesquisando muito mais. Este ano, devo gastar R$ 50 para cada sobrinho e neta, já está bom. Vai ser carrinho, bonequinha. Ano passado foi R$ 100, com moto elétrica”, disse a secretária Cristiane Felício de Oliveira, que fazia compras na 25 de Março.

José Álvaro, bancário aposentado, pesquisava presentes para os netos, um menino de 5 anos e uma menina de um ano e meio. “Eu acho que a crise veio para todo mundo, então cada um tem que saber dosar e comprar dentro das possibilidades. Vou comprar um presente simples só para contentá-los”, disse.

Com a crise econômica, a previsão é de queda de 1% nas vendas do comércio varejista, em relação ao Natal do ano passado, segundo a FecomercioSP.

Derivaldo dos Santos, gerente da Loja Armarinhos Fernando, prevê estabilidade no volume de vendas na loja neste Natal, na comparação com o ano anterior.

“Estamos vendendo produtos mais em conta do que no ano passado. Os brinquedos mais caros estão com venda abaixo do esperado. Os brinquedos mais baratos, na média de R$ 20, estão sendo mais aceitos”.

Segundo o gerente, o valor médio dos presentes neste Natal tem sido de R$ 40, sendo que no Natal passado foi de R$ 70.

Derivaldo acredita que a crise econômica pode interferir nas vendas no próximo ano, mas uma projeção mais concreta só poderá ser feita após o período de volta às aulas, quando a loja também fatura.

“Se tiver reflexo [no faturamento] é a partir de março, quando teremos noção de como vai ser 2016”, disse ele.

Intenção de presentear

Sondagem feita pela FecomercioSP mostra que os maiores valores de presentes são gastos com os filhos (28,9%), seguidos por mães (22,9%), namorados (23,5%) e pais (3%).

Entre os tipos de produtos, o mais vendido é vestuário, calçados e acessórios (64%), seguido por brinquedos (27,6%), perfumes, cosméticos (21,3%) e telefone celular (6,8%).

Os lojistas dizem que a utilização do cartão de crédito é a forma de pagamento mais escolhida entre os consumidores (67%), contra 62% no ano passado.

O pagamento à vista  em dinheiro, cheque e cartão de débito, é de 30% da população. No ano passado, esse índice foi de 36%.

Este ano, 57% das empresas não fazem promoções, contra 56% em 2014. Entre os que estão fazendo algum tipo de promoção para incrementar as vendas de Natal, 79% oferecem descontos especiais e 12% sorteiam ou distribuem brindes.

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