Economia

Congresso dos EUA retoma discussão sobre "abismo fiscal"

Congressistas retornam à capital com um prazo de sete semanas para buscar um acordo que evite o aumento de impostos e cortes orçamentários programados para 2013


	Congresso norte-americano terão sete semanas para buscar acordo sobre aumento de impostos e cortes orçamentários
 (Larry Downing/Reuters)

Congresso norte-americano terão sete semanas para buscar acordo sobre aumento de impostos e cortes orçamentários (Larry Downing/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 09h22.

Washington - Diante do receio global com a indefinição política em Washington, os congressistas norte-americanos retornam à capital nesta terça-feira com um prazo de sete semanas para buscar um acordo que evite o aumento de impostos e cortes orçamentários programados para entrar em vigor em 2013, que ameaçam desencadear uma nova recessão.

A batalha pós-eleitoral sobre o chamado abismo fiscal está se configurando numa extensão da campanha política, com os democratas tentando conseguir apoio para o aumento de impostos sobre os mais ricos como parte de qualquer acordo, e os republicanos combatendo a proposta, dizendo que tal medida devastaria os "criadores de emprego" em todo o país.

O presidente Barack Obama agendou reuniões de alto nível na Casa Branca com líderes empresariais, civis e trabalhistas antes de uma reunião de cúpula, marcada para sexta-feira, de importantes políticos republicanos e democratas no Congresso.

Os líderes republicanos, entre eles o ex-candidato a vice-presidente Paul Ryan, planejaram suas próprias rodadas de aparições na televisão e em coletivas de imprensa para defender suas causas.

Ambos os lados concordam de forma geral com a necessidade de evitar o choque de medidas draconianas para a redução do déficit em 600 bilhões de dólares, que os dois lados concordaram em agosto de 2011.

Democratas e republicanos também concordam sobre a necessidade de redução do déficit a longo prazo e de revisões do código tributário.


Os partidos estão em conflito, como estavam durante a campanha eleitoral, sobre como superar a crise imediata, que tem como principal ponto de desacordo a possibilidade de estender os cortes de impostos para todos, como querem os republicanos, ou apenas para aqueles que ganham menos de 250.000 dólares por ano, como Obama quer.

O presidente e os republicanos no Congresso fizeram declarações conciliatórias desde as eleições sobre alcançar um acordo. Mas ficou claro na segunda-feira que os dois lados ainda estão distantes, prevendo um prolongado debate que pode manter os investidores tensos pelo resto do ano.

Obama conquistou a reeleição na semana passada, mas o Congresso permanece dividido, com os democratas controlando o Senado e os republicanos à frente da Câmara dos Deputados.

A equipe do presidente divulgou uma lista de líderes de negócios esperados na quarta-feira na Casa Branca, após o encontro de terça-feira com líderes trabalhistas.

O presidente-executivo da General Electric, Jeff Immelt, vai participar, bem como presidente e CEO da American Express, Kenneth Chenault, entre outros.

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