Economia

Confiança empresarial sobe 7 pontos em agosto ante julho, diz FGV

Em quatro meses de altas, o índice recuperou 96% das perdas registradas nos meses de março e abril

Em agosto, a melhora da confiança foi mais influenciada pela percepção dos empresários sobre o momento presente (Paulo Whitaker/Reuters)

Em agosto, a melhora da confiança foi mais influenciada pela percepção dos empresários sobre o momento presente (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de agosto de 2020 às 08h55.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 7 pontos em agosto ante julho, para 94,5 pontos, informou nesta segunda-feira, 31, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em quatro meses consecutivos de altas, o índice recuperou 96% das perdas registradas nos meses de março e abril, decorrentes da pandemia do novo coronavírus.

"A confiança empresarial subiu de forma expressiva em agosto, dando sequência à tendência de recuperação iniciada em maio, sob influência da melhora da percepção dos empresários em relação à situação presente dos negócios. Em termos setoriais, os destaques são a Indústria e o Comércio, cujos níveis de confiança já estão próximos aos do período anterior à pandemia do novo coronavírus. Na Construção e, principalmente, no Setor de Serviços, a retomada do otimismo é semelhante à dos outros setores, mas a percepção sobre a situação atual continua bastante desfavorável, o que vem contendo uma alta mais expressiva da confiança", avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

Em agosto, pela primeira vez desde a crise sanitária, a melhora da confiança foi mais influenciada pela evolução da percepção dos empresários sobre o momento presente do que em relação ao futuro. O Índice de Situação Atual (ISA-E) subiu 8,9 pontos, para 88,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-E) avançou 6,3 pontos, para 96,1 pontos.

O componente de Demanda para os próximos três meses aumentou 5,5 pontos em agosto, recuperando até então 91% das perdas de março e abril, enquanto o de Emprego Previsto para três meses subiu 6 3 pontos, resgatando 89% do que foi perdido. Já o item Tendência dos Negócios no horizonte de seis meses cresceu 8,2 pontos, uma recuperação de 79% das perdas de março e abril.

Houve melhora na confiança em 92% dos 49 segmentos pesquisados em agosto. A Indústria e os Serviços mantiveram a disseminação de alta já vista no mês anterior, com 95% e 92% dos subsetores com avanços, respectivamente. A Construção teve alta na confiança em 82% dos subsetores, enquanto o Comércio teve elevação em 100% dos seus segmentos.

A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.050 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 25 de agosto.

Acompanhe tudo sobre:EmpresáriosFGV - Fundação Getúlio VargasNível de confiança

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto