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Confiança do consumidor piora em junho com impacto da greve, diz FGV

Índice de Confiança do Consumidor recuou 4,8 pontos em junho e chegou a 82,1 pontos, menor nível desde agosto de 2017

ICC: Confiança do consumidor do Brasil piorou pela terceira vez seguida em junho na esteira da greve dos caminhoneiros (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 26 de junho de 2018 às 11h31.

São Paulo - A confiança do consumidor do Brasil piorou pela terceira vez seguida em junho na esteira da greve dos caminhoneiros e atingiu o menor nível em 10 meses, apontando impacto negativo no crescimento econômico no segundo semestre, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 4,8 pontos em junho e chegou a 82,1 pontos, menor nível desde agosto de 2017 (81,4 pontos).

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"A greve dos caminhoneiros do final de maio contribuiu para o aprofundamento da tendência de queda da confiança que se desenhava nos meses anteriores", explicou em nota a coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt.

De acordo com ela, as perspectivas das famílias sobre o mercado de trabalho são negativas, o que as deixam conservadoras em relação aos gastos. Pelo terceiro mês consecutivo, o ímpeto para compras diminuiu, com o indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis retornando ao nível de agosto de 2017 ao recuar 3,8 pontos, para 77,6 pontos, segundo a FGV.

"(Isso) deve impactar negativamente o crescimento econômico no segundo semestre", completou Viviane

Em junho, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 5,4 pontos, para 71,8 pontos, menor nível desde setembro de 2017 (71,2 pontos). O Índice de Expectativas (IE) teve queda de 4,2 pontos, a 90,0 pontos, patamar mais baixo desde agosto de 2017 (89,9 pontos).

A greve dos caminhoneiros paralisou o abastecimento de combustíveis, alimentos e insumos no país no final de maio, prejudicando atividade econômica e a confiança dos agentes econômicos.

Pesquisa Focus do Banco Central, que ouve uma centena de economistas todas as semanas, mostra que a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano estava em 1,55 por cento, depois de ter chegado a 3 por cento alguns meses antes.

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