Economia

Confiança do consumidor cai pelo 2° mês consecutivo, diz FGV

Incertezas relacionadas à pandemia de covid-19 abalam a percepção do setor sobre o momento atual e os próximos meses

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve queda de 0,7 ponto em novembro, a 81,7 pontos (NurPhoto/Corbis/Getty Images)

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve queda de 0,7 ponto em novembro, a 81,7 pontos (NurPhoto/Corbis/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 25 de novembro de 2020 às 08h38.

Última atualização em 25 de novembro de 2020 às 08h43.

A confiança do consumidor no Brasil apresentou sua segunda queda mensal consecutiva em novembro, com as incertezas relacionadas à pandemia de Covid-19 abalando a percepção do setor sobre o momento atual e os próximos meses, disse nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve queda de 0,7 ponto em novembro, a 81,7 pontos.

Segundo a FGV, houve piora tanto na percepção sobre a situação atual quanto nas expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 0,6 ponto, a 71,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,9 ponto, para 89,3.

"O resultado reflete o aumento da incerteza relacionada à pandemia e seu potencial impacto sobre a economia", disse em nota Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens.

"Com o provável fim do período de benefícios emergenciais, muitos consumidores que perderam o emprego este ano devem retornar ao mercado de trabalho num momento em que as empresas ainda estarão adiando contratações ou demitindo, principalmente no caso de ocorrência de uma segunda onda de Covid-19", acrescentou.

Nos primeiros meses da pandemia, o governo brasileiro custeou um auxílio no valor de 600 reais mensais para os chamados vulneráveis. A partir de setembro, o valor foi reduzido para 300 reais.

Publicamente, o presidente Jair Bolsonaro sempre tem alertado para o impacto da ajuda nas contas públicas brasileiras, dizendo que um dia esse suporte vai ter que acabar, mas na véspera não descartou nova prorrogação do auxílio emergencial.

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