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Confiança do comércio recua em junho com incertezas políticas

Índice de Confiança do Comércio (Icom), medido pela FGV, registrou queda de 2,9 pontos neste mês e foi a 85,7 pontos, retornando ao nível de março

Confiança do comércio: resultado do índice teve como base a queda de Índice de Situação Atual (ISA-COM) de 3,3 pontos, para 79,6 pontos (Mario Tama/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 27 de junho de 2017 às 09h09.

São Paulo - A confiança do comércio brasileiro recuou com força em junho devido ao aumento das incertezas provocadas pelo cenário político conturbado e com a piora da demanda, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) do Brasil registrou queda de 2,9 pontos neste mês e foi a 85,7 pontos, retornando ao nível de março.

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"A redução da confiança do comércio em junho foi bastante influenciada pelo aumento da incerteza a partir de 17 de maio. Mas houve, além disso, piora da percepção das empresas em relação ao nível atual da demanda, sugerindo uma leitura pouco favorável da atual conjuntura", explicou em nota o superintendente de estatísticas públicas da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr.

O resultado do índice teve como base a queda de Índice de Situação Atual (ISA-COM) de 3,3 pontos, para 79,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) caiu 2,4 pontos, para 92,4 pontos.

Campelo ressalta, porém, que a queda dos juros junto com a liberação do FGTS ajudou a manter em alta as expectativas dos vendedores de bens duráveis.

A crise política foi gerada após o presidente Michel Temer passar a ser investigado por suspeita de corrupção passiva, participação em organização criminosa e obstrução da Justiça, o que vem abalando a confiança em geral.

Na segunda-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu denúncia criminal contra Temer pelo crime de corrupção passiva a partir da delação dos executivos da JBS.

Na véspera, a FGV divulgou que a confiança do consumidor voltou a piorar em junho diante do aumento das incertezas com a crise política, devolvendo a alta vista em maio.

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