Economia

Confiança da indústria tem maior queda desde 2008, diz FGV

Resultado de março decorre tanto das avaliações sobre a situação atual quanto da expectativa futura


	Trabalho na indústria: resultado de março decorre tanto das avaliações sobre a situação atual quanto da expectativa futura
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Trabalho na indústria: resultado de março decorre tanto das avaliações sobre a situação atual quanto da expectativa futura (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2015 às 09h12.

São Paulo - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) brasileira caiu 9,2 por cento em março, segunda queda seguida, e atingiu o menor nível desde janeiro de 2009, destacando as dificuldades enfrentadas pelo setor neste ano.

O ICI atingiu 75,4 pontos em março, contra 83,0 pontos em fevereiro, quando teve queda de 3,4 por cento sobre o mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

"A queda da confiança em março de 2015 foi a mais intensa e disseminada setorialmente desde novembro de 2008, retratando um setor extremamente insatisfeito com a situação atual dos negócios e pessimista em relação à possibilidade de recuperação no horizonte de três a seis meses", destacou o superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr.

O resultado de março decorre tanto das avaliações sobre a situação atual quanto da expectativa futura.

O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 10,4 por cento, a 75,3 pontos, menor nível desde julho de 2003 (70,4). Já o Índice de Expectativas (IE) registrou queda de 7,8 por cento no período, para 75,5 pontos, menor patamar desde fevereiro de 2009 (73,3).

A FGV informou também que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada recuou 1,2 ponto percentual, para 80,4 por cento em março, menor marca desde julho de 2009 (79,9 por cento).

As perspectivas para a indústria, um dos principais pesos sobre a economia brasileira, não são favoráveis neste ano.

O setor enfrenta dificuldades em meio à inflação e juros elevados, e a perspectiva na pesquisa Focus do Banco Central é de contração da produção de 2,42 por cento.

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