Economia

Confiança da indústria recua 2,9% em setembro ante agosto

O resultado sucede uma alta de 1,5% em julho e queda de 1,6% em agosto


	ICI: o resultado sucede uma alta de 1,5% em julho e queda de 1,6% em agosto
 (Guilherme Pupo/Divulgação)

ICI: o resultado sucede uma alta de 1,5% em julho e queda de 1,6% em agosto (Guilherme Pupo/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2015 às 09h03.

São Paulo - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 2,9% em setembro ante agosto, passando de 68,0 para 66,0 pontos, informou nesta segunda-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas (FGV). É o menor nível da série histórica. O resultado sucede uma alta de 1,5% em julho e queda de 1,6% em agosto.

A queda do ICI na margem foi impulsionada pelo resultado do Índice de Expectativas (IE), que teve decréscimo de 4,2%, para 64,0 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) diminuiu 1,9%, para 67,9 pontos.

A maior contribuição para a queda do IE veio do quesito que mensura o ímpeto de contratações pelas empresas industriais nos três meses seguintes. Houve diminuição na proporção de empresas prevendo aumento do pessoal ocupado, de 7,3% para 6,1%, e aumento da parcela das que projetam redução, de 30,7% para 34,5%. Esse é o maior porcentual desde janeiro de 1992 (38,7%).

No ISA, a principal influência de alta foi do indicador que avalia a satisfação com a situação atual dos negócios. A proporção de empresas que avaliam a situação dos negócios como fraca atingiu o máximo histórico.

Em setembro, aumentou de 46,9% para 49,1%. Já a parcela de empresas que avaliam a situação como boa diminuiu de 8,6% para 8,0%.

A FGV também informou que entre agosto e setembro o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) recuou 1,2 ponto porcentual, ao passar de 77,7% para 76,5%, o menor nível desde janeiro de 1993 (73,6%).

Na avaliação do superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr., a questão política é um fator que ajuda a explicar a persistência da insegurança dos empresários industriais sobre o futuro.

"Fatores negativos de origem econômica associam-se às incertezas ambiente político para determinar a persistência da tendência de queda da confiança industrial", escreve Campelo Jr. em comunicado à imprensa.

"A piora mais expressiva das expectativas desde abril sugere que, em setembro, o setor continua sem ver sinais de recuperação consistente no horizonte de três a seis meses", diz o superintendente do Ibre.

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