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Conab prevê safra de soja recorde com 90,2 milhões de t

A produção de soja na safra 2013/2014 deve representar um aumento de até 10,7% em relação ao período anterior

Trabalhadores colhem soja numa fazenda na cidade de Tangará da Serra em Cuiabá: a Conab atribuiu o recorde aos fortes investimentos em máquinas e em tecnologias de manejo (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 10h04.

São Paulo - A produção de soja na safra 2013/2014 deve variar de 87,859 milhões a 90,225 milhões de toneladas, representando aumento de 7,8% a 10,7% em relação ao período anterior e um novo recorde na produção nacional.

Os dados fazem parte da segunda pesquisa de intenção de plantio da safra 2013/14, divulgada nesta sexta-feira, 08, pela Companhia Nacional de Abastecimento ( Conab ). Conforme a estatal, "a oleaginosa, nas últimas temporadas, tem sido beneficiada por preços remuneradores no momento da comercialização".

A Conab estima que a área na temporada 2013/14 ficará entre 28,754 milhões e 29,522 milhões de hectares, "consolidando uma tendência de aumento observado em todas as regiões produtoras no País".

Na Região Centro-Oeste, principal produtora da oleaginosa, as chuvas escassas e mal distribuídas, especialmente nos Estados de Mato Grosso e Goiás, provocaram um certo atraso no plantio, informa a Conab.

Os técnicos alertam que a maior preocupação, no momento em que se inicia o ciclo de produção, "está ligada às ameaças fitossanitárias, que ocorrem em praticamente todas as áreas produtoras e a certeza da intensificação no uso de produtos químicos e da consequente ampliação dos custos de produção".

Em Mato Grosso, a escassez e a baixa qualidade das sementes precoces vêm marcando esse início de plantio.

Apesar dos problemas, a Conab ressalta que os atrasos observados no plantio "não trazem nenhuma preocupação, em função dos fortes investimentos realizados nos últimos anos, tanto no que se refere a máquinas, quanto em tecnologias de manejo".


Milho

A competição por área entre soja e milho tem sido desfavorável ao cereal, em virtude, entre outras razões, dos resultados positivos observados na comercialização da oleaginosa.

Desse modo, a Conab estima que a área semeada com o milho primeira safra deve cair de 3,0% a 6,5% em relação ao período anterior, para entre 6,38 milhões e 6,61 milhões de hectares.

Na Região Centro-Oeste, onde se observa as maiores reduções nas estimativas de área plantada do milho primeira safra no País, a queda da área varia de 17,2% a 21,7%.

"Mato Grosso do Sul e Goiás são os maiores responsáveis por essa redução, com os produtores optando pela soja", informa a Conab.

A produção de milho primeira safra estará projetada no intervalo de 32,301 milhões a 33,659 milhões de toneladas, representando um decréscimo entre 3,4% e 7,3% em relação à safra anterior.

A segunda safra de milho está estimada em 46,180 milhões de t, repetindo o resultado da safra passada, já que a cultura só será semeada no inverno de 2014. Com isso, o País pode colher o total de 78,480 milhões a 79,839 milhões de t do cereal, redução de 3,1% a 1,4% ante 2012/13.


Algodão

O segundo levantamento de intenção de plantio de algodão para a safra 2013/14, da Conab, divulgado hoje, mostra que a área com a cultura pode crescer de 16,5% a 22% em relação à safra anterior, alcançando de 1,040 milhão a 1,090 milhão de hectares.

Segundo a Conab, entre outros fatores, a recuperação dos preços internos ao longo de 2013, favorecida pela oferta mais restrita; o mercado externo favorável; e os atuais níveis das cotações das commodities concorrentes, notadamente milho, justificam o aumento na área plantada com algodão no País.

A produção de algodão em pluma deve ter aumento da ordem de 322,95 mil toneladas, devendo oscilar entre 1,588 milhão e 1,664 milhão de toneladas.

Conforme a Conab, na safra atual, ao contrário do que ocorreu na safra passada, "o algodão aparece como melhor alternativa de plantio em relação ao milho safrinha para a Região Centro-Oeste, considerando a perspectiva de melhor retorno financeiro".

A Conab avalia que a pluma a ser colhida no mercado doméstico na safra vindoura deverá ser suficiente para abastecer a demanda interna e suprir parte da demanda internacional. Portanto, "não é previsto incremento na quantidade importada para 2014, mantendo-se, assim, o atual nível de 30 mil toneladas".

A configuração do quadro de suprimento estimado para 2014 é de oferta total do produto (estoque inicial + produção + importação) de 2,043 milhões de t e demanda total (consumo interno + exportação) de 1,460 milhão de t. A previsão de estoque de passagem no encerramento do exercício de 2013 é de 387 mil toneladas de pluma, equivalente a 3,2 meses de consumo.

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Os dados fazem parte da segunda pesquisa de intenção de plantio da safra 2013/14, divulgada nesta sexta-feira, 08, pela Companhia Nacional de Abastecimento ( Conab ). Conforme a estatal, "a oleaginosa, nas últimas temporadas, tem sido beneficiada por preços remuneradores no momento da comercialização".

A Conab estima que a área na temporada 2013/14 ficará entre 28,754 milhões e 29,522 milhões de hectares, "consolidando uma tendência de aumento observado em todas as regiões produtoras no País".

Na Região Centro-Oeste, principal produtora da oleaginosa, as chuvas escassas e mal distribuídas, especialmente nos Estados de Mato Grosso e Goiás, provocaram um certo atraso no plantio, informa a Conab.

Os técnicos alertam que a maior preocupação, no momento em que se inicia o ciclo de produção, "está ligada às ameaças fitossanitárias, que ocorrem em praticamente todas as áreas produtoras e a certeza da intensificação no uso de produtos químicos e da consequente ampliação dos custos de produção".

Em Mato Grosso, a escassez e a baixa qualidade das sementes precoces vêm marcando esse início de plantio.

Apesar dos problemas, a Conab ressalta que os atrasos observados no plantio "não trazem nenhuma preocupação, em função dos fortes investimentos realizados nos últimos anos, tanto no que se refere a máquinas, quanto em tecnologias de manejo".


Milho

A competição por área entre soja e milho tem sido desfavorável ao cereal, em virtude, entre outras razões, dos resultados positivos observados na comercialização da oleaginosa.

Desse modo, a Conab estima que a área semeada com o milho primeira safra deve cair de 3,0% a 6,5% em relação ao período anterior, para entre 6,38 milhões e 6,61 milhões de hectares.

Na Região Centro-Oeste, onde se observa as maiores reduções nas estimativas de área plantada do milho primeira safra no País, a queda da área varia de 17,2% a 21,7%.

"Mato Grosso do Sul e Goiás são os maiores responsáveis por essa redução, com os produtores optando pela soja", informa a Conab.

A produção de milho primeira safra estará projetada no intervalo de 32,301 milhões a 33,659 milhões de toneladas, representando um decréscimo entre 3,4% e 7,3% em relação à safra anterior.

A segunda safra de milho está estimada em 46,180 milhões de t, repetindo o resultado da safra passada, já que a cultura só será semeada no inverno de 2014. Com isso, o País pode colher o total de 78,480 milhões a 79,839 milhões de t do cereal, redução de 3,1% a 1,4% ante 2012/13.


Algodão

O segundo levantamento de intenção de plantio de algodão para a safra 2013/14, da Conab, divulgado hoje, mostra que a área com a cultura pode crescer de 16,5% a 22% em relação à safra anterior, alcançando de 1,040 milhão a 1,090 milhão de hectares.

Segundo a Conab, entre outros fatores, a recuperação dos preços internos ao longo de 2013, favorecida pela oferta mais restrita; o mercado externo favorável; e os atuais níveis das cotações das commodities concorrentes, notadamente milho, justificam o aumento na área plantada com algodão no País.

A produção de algodão em pluma deve ter aumento da ordem de 322,95 mil toneladas, devendo oscilar entre 1,588 milhão e 1,664 milhão de toneladas.

Conforme a Conab, na safra atual, ao contrário do que ocorreu na safra passada, "o algodão aparece como melhor alternativa de plantio em relação ao milho safrinha para a Região Centro-Oeste, considerando a perspectiva de melhor retorno financeiro".

A Conab avalia que a pluma a ser colhida no mercado doméstico na safra vindoura deverá ser suficiente para abastecer a demanda interna e suprir parte da demanda internacional. Portanto, "não é previsto incremento na quantidade importada para 2014, mantendo-se, assim, o atual nível de 30 mil toneladas".

A configuração do quadro de suprimento estimado para 2014 é de oferta total do produto (estoque inicial + produção + importação) de 2,043 milhões de t e demanda total (consumo interno + exportação) de 1,460 milhão de t. A previsão de estoque de passagem no encerramento do exercício de 2013 é de 387 mil toneladas de pluma, equivalente a 3,2 meses de consumo.

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