Economia

Comissão terá cuidado, mas discutir BPC é necessário, diz relator

O BPC é um benefício assistencial no valor do salário-mínimo concedido a deficientes e idosos sem necessidade de contribuição

Arthur Maia: na reforma da Previdência encaminhada ao Congresso, o governo propôs elevar de 65 para 70 anos a idade mínima para receber o BPC (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Arthur Maia: na reforma da Previdência encaminhada ao Congresso, o governo propôs elevar de 65 para 70 anos a idade mínima para receber o BPC (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 22h38.

O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia, disse ter "absoluta sensibilidade" e "preocupação" com o tema do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para deficientes físicos e idosos.

Segundo ele, a comissão especial que analisa a reforma tratará o assunto com "cuidado". O parlamentar frisou, no entanto, a necessidade de discussão da questão.

"Nós nos deparamos com uma crise que nos empurra para a discussão desse fato, a necessidade de revisarmos questões inerentes à seguridade social, à assistência social, à Previdência", disse.

Maia admitiu que o assunto é "o que mais o incomoda" no debate da reforma da Previdência.

O deputado deu as declarações na comissão especial para análise da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que trata da reforma.

O BPC é um benefício assistencial no valor do salário-mínimo concedido a deficientes e idosos sem necessidade de contribuição. Para ter acesso a ele é preciso comprovar renda familiar inferior a um quarto do salário-mínimo vigente.

Na reforma da Previdência encaminhada ao Congresso, o governo propôs elevar de 65 para 70 anos a idade mínima para receber o BPC, além de desvincular seu valor do salário-mínimo.

Arthur Maia criticou decisões judiciais que têm concedido o BPC a pessoas cuja renda familiar está acima da prevista na legislação.

"No Brasil, tivemos interpretação do Supremo que liberou os juízes para conceder o benefício mesmo a quem tem renda superior. Isso prejudica os que realmente necessitam, pois abre portas para que a decisão individual prevaleça sobre uma lei".

Segundo o relator, atualmente o BPC é pago a 4,2 milhões de brasileiros.

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