Comissão do Senado aprova convite para ouvir presidente da Petrobras
Parlamentares querem questionar Jean Paul Prates sobre suposta interferência do governo na petroleira
Agência de notícias
Publicado em 12 de março de 2024 às 13h34.
Última atualização em 12 de março de 2024 às 13h41.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou nesta terça-feira, 12, convite para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates , prestar esclarecimentos sobre suposta interferência do governo na petroleira.
Ainda não há data certa para a audiência acontecer e não há obrigação para Prates comparecer, assim como em uma convocação. O pedido de audiência foi proposto pelo senador Sergio Moro (União -PR) e foi aprovado em votação simbólica, sem posições contrárias de parlamentares da base do governo.
Na justificativa, Moro argumenta que, em um passado recente, o uso da maior empresa do país com fins políticos levou a prejuízos irreparáveis ao Brasil. "Esquemas de corrupção que desfalcaram os cofres da empresa e levaram a Petrobras a um dos menores valores de mercado de sua história. Segundo o senador Moro, o Congresso Nacional tem o dever de impedir que esse filme se repita", escreve Moro.
A colunista Malu Gaspar revelou que a disputa interna na empresa em torno do pagamento dos dividendos extraordinários aos acionistas foi arbitrada pelo próprio presidente da República. A divergência em questão se deu entre o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates , e os conselheiros do governo – capitaneados pelo presidente do conselho, Pietro Mendes, indicado pelo ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Os dividendos são uma parcela do lucro da empresa que é repartida entre os acionistas. Não pagar os dividendos é interpretado pelo mercado como um sinal de menor atratividade (rentabilidade) da estatal.