Economia

Comissão do Congresso aprova relatório preliminar do Orçamento de 2025

Relatório foi validado com acréscimo de receitas de R$ 22,5 bilhões à proposta de orçamento para o ano que vem

Comissão Mista de Orçamento (CMO) vota Orçamento de 2025 ( Vinicius Loures / Câmara dos Deputados/Divulgação)

Comissão Mista de Orçamento (CMO) vota Orçamento de 2025 ( Vinicius Loures / Câmara dos Deputados/Divulgação)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 6 de dezembro de 2024 às 14h41.

Tudo sobreGoverno Lula
Saiba mais

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou nesta sexta-feira o parecer preliminar ao projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. O relator Angelo Coronel ainda não acatou emendas sugeridas pelos parlamentares. A votação do texto final será na próxima quinta-feira, 5.

O Orçamento prevê um resultado zero, ou seja, receitas iguais às despesas.

O relatório prevê um acréscimo de R$ 22,5 bilhões ao total estimado pelo governo no projeto enviado em agosto. Com isso, as receitas totais para o ano que vem chegam a R$ 2,930 trilhões. Porém, as receitas só poderão ser utilizadas se as despesas do governo diminuírem, já que prevalece o limite estabelecido pelo arcabouço fiscal.

A previsão de receitas subiram porque por conta do desempenho da arrecadação em 2024 e alteração dos indicadores macroeconômicos esperados para 2025; da revisão dos pressupostos de receitas condicionadas; e de medidas em tramitação no Congresso.

Os últimos números apresentados pelo governo mostram que a arrecadação de 2024 será frustrada em R$ 21,9 bilhões em relação ao previsto na lei orçamentária, mas ainda assim significará um aumento de R$ 346,6 bilhões em relação a 2023, ou um ganho de quase 10% acima da inflação.

Entre os parâmetros macroeconômicos, se destaca o crescimento da massa salarial de 7,84%, no projeto do governo, para a estimativa mais recente, de 9,49%. Câmbio e inflação também foram revistos para cima.

Foi reduzida a receita esperada com o projeto de lei que trata de mudanças na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e no Juro sobre Capital Próprio (JCP) porque não houve deliberação sobre a proposta. O impacto é de R$ 13,4 bilhões.

Por outro lado, a medida provisória que trata de créditos tributários de bancos, deve ter um impacto positivo de R$ 16,8 bilhões.

O relatório também cita a necessidade de reduzir os incentivos fiscais, estimados em R$ 543,7 bilhões para 2025. Cerca de 10 benefícios representam 85% do total. “A deterioração dos resultados fiscais trouxe para discussão a necessidade de conter a expansão das renúncias tributárias, que passaram de 3,3% do PIB em 2006 para 4,5% do PIB em 2024, segundo estimativas recentes”, afirmou o deputado Domingos Sávio (PL-MG), relator das receitas.

Acompanhe tudo sobre:Orçamento federalCongressoGoverno Lula

Mais de Economia

STF volta a discutir se imposto de herança deve incidir sobre previdência privada

Payroll dos EUA vem levemente acima das expectativas com criação de 227 mil empregos

Bancos de Wall Street preveem cortes históricos nas taxas de juros da China em 2025

Reforma Tributária: parecer no Senado deve manter itens da cesta básica e ampliar cashback