Comércio é mais um dado preocupante para a China
Exportações e importações caíram de modo expressivo em março, fato que se soma a outros dados econômicos preocupantes para a segunda economia do planeta
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2014 às 11h04.
Pequim - As exportações e importações da China caíram de modo expressivo em março, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, que se somam a outros dados econômicos preocupantes para a segunda economia do planeta.
O governo citou a crescente concorrência internacional e "atritos" com os sócios comerciais.
As exportações chinesas recuaram 6,6% em março na comparação com o mesmo mês em 2013, a a 170,1 bilhões de dólares.
As importações registraram queda de 11,3% em ritmo anual,a US$ 162,4 bilhões.
Os números surpreenderam os analistas, já que 16 economistas consultados pela agência Dow Jones Newswires apostavam em uma alta de 4,2% das exportações e de 2,8% das importações.
Os dados de março representam, no entanto, um retorno ao superávit comercial (US$ 7,7 bilhões), após o inesperado déficit de 22,98 bilhões de dólares registrado em fevereiro.
Os números decepcionantes de março representam um novo sinal de alerta para a China, onde a atividade manufatureira está em contração há vários meses e o consumo interno não decola.
O governo reconheceu as adversidades que o comércio exterior enfrenta, mas pediu que as dificuldades "não sejam exageradas".
"Neste momento, as vantagens competitivas da China nos intercâmbios comerciais tradicionais estão sendo ofuscadas por fatores negativos, como a concorrência crescente de países vizinhos e as divergências comerciais com os principais sócios", disse um porta-voz da Alfândega, em uma referência às disputas de Pequim com União Europeia e Estados Unidos.
À margem de outras considerações, os analistas do banco ANZ destacam o caráter "pouco estimulante" da demanda chinesa de matérias-primas, apesar do aumento de 14,6% em ritmo anual das importações de minério de ferro.
Segundo uma opinião generalizada, a queda nas importações chinesas é sintoma de uma demanda interna sem intensidade, um assunto que preocupa as autoridades.
"As importações permanecerão relativamente contidas (nos próximos meses), já que o freio dos investimentos provavelmente afetará as importações de matérias-primas e de bens de equipamento", disse Julian Evans-Pritchard, analista do Capital Economics.
O pequeno pacote de estímulo adotado na semana passada por Pequim - isenções fiscais e programas de reforma urbana - foram bem recebidos pelos mercados.
Mas o primeiro-ministro Li Keqiang advertiu que as pessoas não devem esperar novas medidas de apoio à economia a curto prazo.
"Não vamos recorrer a medidas de estímulo a curto prazo, pois damos importância às ações profundas de médio e longo prazo", disse no Fórum Asiático de Boao (sul da China).
O país registrou em 2013 um crescimento econômico de 7,7%, o menor em 14 anos, e há alguns meses passa por uma desaceleração da produção manufatureira.
Pequim deseja, desde o ano passado, alterar o modelo econômico do país para o consumo interno, ao invés de prosseguir com os investimentos em infraestruturas e em um setor industrial que sofre de capacidade excessiva, mas com a manutenção do crescimento.
População | 164 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 25 anos |
PIB (dólares) | 105,4 bilhões |
Acordos comerciais | Ásia-Pacífico, Sul da Ásia |
Exportações | UE (51,2%), EUA (25,7%), India (4%), Canada (3,5%), China (1,7%) |
População | 14 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 22 anos |
PIB (dólares) | 11,4 bilhões |
Acordos comerciais | Austrália, Nova Zelândia, Índia, Japão, Coréia do Sul e China |
Exportações | EUA (45,2%), Hong Kong (19,3%), UE (17,4%), Canadá (6,7%), Vietnã (3,9%) |
População | 1,1 bilhão de habitantes |
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Idade (média) | 25 anos |
PIB (dólares) | 1,4 trilhão |
Acordos comerciais | Sul da Ásia, Mercosul, Afeganistão, Butão, Chile, Coreia do Sul, Nepal, Cingapura e Sri Lanka |
Exportações | UE (20,5%), Emirados Árabes (14,4%), EUA (10,8%), China (5,9%), Hong Kong (4%) |
População | 233 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 28 anos |
PIB (dólares) | 695 bilhões |
Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, Nova Zelândia, Índia, Japão, Coreia do Sul e China |
Exportações | Japão (15,9%), UE (11,7%), China (9,9%), EUA (9,3%), Cingapura (8,8%) |
População | 28 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 26 anos |
PIB (dólares) | 219 bilhões |
Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, Nova Zelândia, Índia, Japão, Coreia do Sul e China |
Exportações | Cingapura (14%), China (12,2%), EUA (11%), UE (10,9%), Japão (9,8%) |
População | 173 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 21 anos |
PIB (dólares) | 174,8 bilhões |
Acordos comerciais | Sul da Ásia, China, Irã, Malásia, Ilhas Maurício, Sri Lanka |
Exportações | UE (24,6%), EUA (18,3%), Emirados Árabes (8,8%), Afeganistão (7,8%), China (5,7%) |
População | 20 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 31 anos |
PIB (dólares) | 48,2 bilhões |
Acordos comerciais | Sul da Ásia, Ásia-Pacífico, Índia, Paquistão |
Exportações | União Europeia (36,9%), EUA (23,1%), Índia (5,1%), Emirados Árabes (3,1%), Rússia (2,7%) |
População | 68 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 33 anos |
PIB (dólares) | 312,6 bilhões |
Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, China, Japão, Laos, Nova Zelândia, Coreia do Sul |
Exportações | UE (11,9%), EUA (10,9%), China (10,6%), Japão (10,3%), Hong Kong (6,2%) |
População | 94 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 23 anos |
PIB (dólares) | 189,1 bilhões |
Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, China, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul |
Exportações | UE (20,7%), EUA (17,7%), Japão (16,2%), Hong Kong (8,4%), China (7,6%) |
População | 88 milhões de habitantes |
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Idade (média) | 29 anos |
PIB (dólares) | 102 bilhões |
Acordos comerciais | Sudeste asiático, Austrália, China, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul |
Exportações | EUA (19%), UE (17,4%), Japão (13,5%), China (7,7%), Austrália (6,9%) |