Economia

Comércio deve contratar mais de 74 mil temporários no Natal

Segundo a projeção da CNC, o Natal deverá movimentar R$ 34,9 bilhões, um aumento de 5,2% em relação ao ano passado, a maior variação desde 2013

Temporário de Natal: salário médio de admissão deverá ter aumento real de 3,8% na comparação com o mesmo período do ano passado (./Getty Images)

Temporário de Natal: salário médio de admissão deverá ter aumento real de 3,8% na comparação com o mesmo período do ano passado (./Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 14h30.

O comércio deve contratar 74,1 mil trabalhadores temporários neste final de ano, segundo projeção divulgada hoje (8) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O Natal deverá movimentar R$ 34,9 bilhões, um aumento de 5,2% em relação ao ano passado, a maior variação desde 2013.

A projeção anterior divulgada pela CNC era de crescimento de 4,8%, mas foi revisada porque, segundo a confederação, o cenário de inflação baixa, queda de juros e retomada do emprego nos últimos meses deve melhorar os resultados do setor este ano.

"O cenário para o comércio está bastante positivo para o curto prazo. O comércio interrompe dois anos de queda", disse o economista-chefe da Divisão Econômica da CNC, Fábio Bentes.

Este ano, por causa da crise econômica no país, os varejistas adiaram a temporada de oferta de vagas, que geralmente ocorre entre setembro e novembro, para dezembro.

As expectativas, no entanto, são positivas, e a taxa de efetivação dos temporários deve crescer para 30%.

Em 2015 e 2016, apenas 15% dos trabalhadores temporários foram efetivados após o Natal. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro deverão concentrar 47% das contratações.

O salário médio de admissão deverá ter aumento real de 3,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando R$ 1.185.

O maior pagamento deve ser oferecido no ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.430), seguido pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.392).

No entanto, estes segmentos devem responder por apenas 2% do total de vagas oferecidas para a temporada.

Em relação às vendas, os segmentos de hiper e supermercados (R$ 11,8 bilhões), lojas de vestuário (R$ 9 bilhões) e de artigos de uso pessoal e doméstico (R$ 5,1 bilhões) deverão responder por 74% do faturamento das vendas natalinas deste ano.

Em termos relativos, o maior aumento nas vendas deverá ocorrer nas lojas de móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 17,8% na comparação com 2016.

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