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Com tarifas à China, déficit comercial dos EUA cai 4,7% em setembro

A troca de bens e serviços deixou um saldo negativo de 52,45 bilhões de dólares aos norte-americanos; a queda foi a maior registrada desde janeiro

Exportações: valor em setembro caiu 0,9% para 206 bilhões de dólares, mas importações tiveram uma queda ainda maior (Anucha Sirivisansuwan/Getty Images)
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AFP

Publicado em 5 de novembro de 2019 às 15h59.

O déficit comercial dos Estados Unidos caiu drasticamente em setembro, devido à diminuição das importações de mercadorias da China - apontam dados do Departamento do Comércio divulgados nesta terça-feira (5).

A troca de bens e serviços deixou um saldo negativo de 52,45 bilhões de dólares, 4,7% a menos do que em agosto, mês que, revisado com leve aumento, registrou saldo negativo de 55,036 bilhões de dólares.

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Essa redução do déficit, a maior registrada desde janeiro, como aponta o governo dos EUA, está alinhada com as expectativas dos analistas.

As exportações em setembro caíram 0,9% para 206 bilhões de dólares, mas as importações caíram ainda mais fortemente, 1,7%, para 258,4 bilhões de dólares, como resultado da entrada em vigor de novas tarifas alfandegárias sobre mais de 100 bilhões de dólares em mercadorias importadas da China.

O Departamento de Comércio destaca em particular a redução das importações de telefones celulares, bens de consumo, brinquedos e artigos esportivos, além de obras de arte e objetos de coleção.

As importações e exportações do setor automotivo (automóveis, peças de reposição e motores), componente importante da atividade econômica, também caíram.

Já as importações de serviços atingiram seu nível mais alto.

Sob o efeito da guerra comercial travada por Donald Trump em março de 2018, que resultou em tarifas punitivas sobre centenas de bilhões de dólares em bens, a troca de mercadorias com a China foi drasticamente reduzida desde o início do ano. Somente em setembro, o déficit de ativos caiu 3%.

O conflito foi retomado em setembro, antes de os dois lados retomarem as negociações que culminaram, em 11 de outubro, em um acordo parcial anunciado com alarde por Trump na presença do principal negociador chinês, Liu He. Desde então, os dois países vêm tentando finalizar o pacto.

Com o México, outro dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, o déficit de mercadorias americanas aumentou 8% em setembro. Desde o início do ano, o aumento é de 29,4%.

O governo Trump, que conseguiu mudar o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte com o México e o Canadá, ainda não conseguiu obter autorização do Congresso para implementá-lo.

Com a União Europeia, o déficit de mercadorias aumentou levemente em setembro (+0,3%). Desde o início do ano, aumentou mais fortemente para 8,8%. Também com Bruxelas, Trump espera obter um acordo comercial bilateral.

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