Economia

Com recuperação, BC britânico opta por não injetar dinheiro

Decisão chega uma vez que as autoridades colocam seus esforços no novo programa de empréstimo do banco e alguns se preocupam com a inflação


	Vários membros do comitê de política monetária demonstraram preocupações com a inflação e dúvidas sobre a contínua efetividade do programa de compra de ativos
 (Andrew Winning/Reuters)

Vários membros do comitê de política monetária demonstraram preocupações com a inflação e dúvidas sobre a contínua efetividade do programa de compra de ativos (Andrew Winning/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2012 às 10h06.

Londres - O Banco da Inglaterra, banco central britânico, optou nesta quinta-feira por não injetar mais dinheiro na frágil economia, uma vez que as autoridades colocam seus esforços no novo programa de empréstimo do banco e alguns se preocupam com a inflação.

A decisão provavelmente foi apertada, com as autoridades tendo que avaliar a surpreendente saída britânica da recessão no terceiro trimestre ao mesmo tempo em que há sinais de uma renovada fraqueza desde então.

Vários membros do comitê de política monetária (MPC, na sigla em inglês) do BC demonstraram preocupações com a inflação e dúvidas sobre a contínua efetividade do programa de compra de ativos em impulsionar a economia.

Os membros do BC também esperam que seu novo Esquema de Financiamento para Empréstimos fará com que o crédito chegue às famílias e empresas, mas pode levar mais alguns meses para que esses efeitos apareçam.

O MPC decidiu não comprar mais títulos do governo britânico por enquanto, já tendo adquirido 375 bilhões de libras (600 bilhões de dólares) desde o colapso econômico de 2008/09.

Ele também manteve sua principal taxa de juros na mínima recorde de 0,5 por cento, em linha com pesquisa da Reuters junto a economistas, que não previam nenhuma mudança política.

A possibilidade de novas compra de ativos (quantitative easing, QE) está dada, com economistas indicando outra dose de 50 bilhões de libras nos três primeiros meses do próximo ano para dar suporte à economia.

A atenção agora irá se voltar para as estimativas trimestrais de inflação e crescimento no Relatório de Inflação do BC britânico, que será apresentado em 14 de novembro.

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