Exame Logo

Com IPCA de abril, teto da meta pode ser rompido

Para analistas, o quadro econômico de 2011 não é tranquilizador e a inflação pode superar expectativas

Economistas concordam que a disparada dos preços dos combustíveis fez a inflação de abril escapar das previsões (SXC.Hu)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 08h42.

São Paulo - A inflação acumulada em 12 meses até abril deve superar o teto da meta de 6,5% e os índices mensais dos três próximos meses podem trazer alívio para a escalada inflacionária mensal, preveem analistas de mercado. Mas essa trégua, provocada pela entrada da safra de alimentos e da cana e pela ausência de reajustes de preços administrados nesse período, não será suficiente para atenuar o preocupante cenário inflacionário de 2011.

Estimativas de 45 instituições financeiras ouvidas pelo AE Projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, que será conhecido hoje, variam de 0,66% a 0,91%, com média em 0,85%. Esse intervalo aponta para uma inflação acumulada em 12 meses até abril entre 6,39% e 6,65%, com mediana muito próxima dos 6,60%.

"A inflação de abril ainda será muito feia", diz a economista do Banco Santander, Tatiana Pinheiro. Ela projeta para abril um IPCA de 0,83%, ante o de 0,79% em março. Tatiana se considera otimista entre seus pares de mercado. No extremo oposto, Thiago Curado, economista da Tendências Consultoria Integrada, espera um IPCA para abril de 0,89% e se considera pessimista.

Divergências numéricas à parte, ambos os economistas concordam em dois pontos. O primeiro é que a disparada dos preços dos combustíveis fez a inflação de abril escapar das previsões. O segundo ponto é que, entre maio e julho, a expectativa é de que a inflação mensal seja mais moderada por causa da entrada no mercado da safra de cana-de-açúcar e de vários produtos agropecuários.

Uma parte desse movimento de queda de preços dos produtos agropecuários já é realidade no campo e deve ter impacto nas próximas semanas nos índices de inflação ao consumidor. Pela primeira vez desde julho do ano passado, o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, apurado pela Secretaria da Agricultura, encerrou abril com deflação de 0,61%. A queda ocorreu tanto entre produtos de origem animal (baixa de 1,06%) quanto entre os de origem vegetal (recuo de 0,42%). O preço do frango recebido pelo produtor caiu, por exemplo, 11,33% em abril, enquanto o arroz com feijão ficou 2,5% e 6,26% mais barato, respectivamente, no mês passado. Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também

São Paulo - A inflação acumulada em 12 meses até abril deve superar o teto da meta de 6,5% e os índices mensais dos três próximos meses podem trazer alívio para a escalada inflacionária mensal, preveem analistas de mercado. Mas essa trégua, provocada pela entrada da safra de alimentos e da cana e pela ausência de reajustes de preços administrados nesse período, não será suficiente para atenuar o preocupante cenário inflacionário de 2011.

Estimativas de 45 instituições financeiras ouvidas pelo AE Projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, que será conhecido hoje, variam de 0,66% a 0,91%, com média em 0,85%. Esse intervalo aponta para uma inflação acumulada em 12 meses até abril entre 6,39% e 6,65%, com mediana muito próxima dos 6,60%.

"A inflação de abril ainda será muito feia", diz a economista do Banco Santander, Tatiana Pinheiro. Ela projeta para abril um IPCA de 0,83%, ante o de 0,79% em março. Tatiana se considera otimista entre seus pares de mercado. No extremo oposto, Thiago Curado, economista da Tendências Consultoria Integrada, espera um IPCA para abril de 0,89% e se considera pessimista.

Divergências numéricas à parte, ambos os economistas concordam em dois pontos. O primeiro é que a disparada dos preços dos combustíveis fez a inflação de abril escapar das previsões. O segundo ponto é que, entre maio e julho, a expectativa é de que a inflação mensal seja mais moderada por causa da entrada no mercado da safra de cana-de-açúcar e de vários produtos agropecuários.

Uma parte desse movimento de queda de preços dos produtos agropecuários já é realidade no campo e deve ter impacto nas próximas semanas nos índices de inflação ao consumidor. Pela primeira vez desde julho do ano passado, o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, apurado pela Secretaria da Agricultura, encerrou abril com deflação de 0,61%. A queda ocorreu tanto entre produtos de origem animal (baixa de 1,06%) quanto entre os de origem vegetal (recuo de 0,42%). O preço do frango recebido pelo produtor caiu, por exemplo, 11,33% em abril, enquanto o arroz com feijão ficou 2,5% e 6,26% mais barato, respectivamente, no mês passado. Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilInflaçãoPreços

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame