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Com Black Friday, shoppings esperam respiro nas vendas

O setor de shopping centers vê a rodada de promoções da última sexta-feira de novembro como uma antecipação do Natal e algum respiro aos negócios

Movimento em shopping de São Paulo: promoções no final do mês podem ter algum impacto sobre as vendas de fim de ano (.)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2015 às 19h39.

Rio de Janeiro - Afetado pela queda da confiança do consumidor e vendas menores ao longo do ano até agora, o setor de shopping centers vê a rodada de promoções da última sexta-feira de novembro, a Black Friday , como uma antecipação do Natal e algum respiro aos negócios.

"Se a gente continuar no cenário de outubro, em novembro dezembro, a gente vai fechar o ano bem aquém do que poderia fechar. A Black Friday vem com tudo. O pessoal (lojistas) vai tentar antecipar ao máximo os ganhos", disse o diretor-presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humai.

De acordo com o executivo, as promoções no final do mês podem ter algum impacto sobre as vendas de fim de ano, época mais importante para o varejo. Ele disse que os consumidores podem antecipar as compras, principalmente celulares e eletrodomésticos, o que pode diminuir o valor médio gasto no Natal. Na Aliansce, todos os esforços de marketing dos shoppings centers que administra aumentaram para a data, disse o superintendente de relações com investidores da companhia, Eduardo Prado.

Os centros comerciais da empresa, cujas vendas totais caíram 3,5 por cento no terceiro trimestre na comparação anual, ampliarão a promoção para o decorrer da última semana do mês, em ação chamada de "Black Week".

"Desde o ano passado a Black Friday se tornou um evento, uma data importante para o varejo", disse Prado.

O segmento de consumo que vem apresentando maior dificuldade de vendas em 2015, segundo varejistas, é o de eletroeletrônicos, que no ano passado teve na Black Friday a data mais próspera em termos de vendas.

Segundo a companhia de pesquisa de mercado GfK, a data respondeu por 34 por cento das vendas totais de eletroeletrônicos dos meses de novembro e dezembro de 2014 e de janeiro deste ano.

Apesar do otimismo sobre aumento das vendas na Black Friday, as empresas do setor de shoppings têm receio de fazer projeções mais precisas diante da incerteza gerada pelas crises econômica e política do país, que estão minado a confiança dos consumidores.

Parte da ansiedade do setor pela Black Friday vem de sinais de alta da visitação de consumidores pelos shoppings, como resultado da desvalorização do dólar contra o real.

O presidente da operadora de shopping centers Multiplan, José Isaac Peres, afirmou na semana passada que a desvalorização da moeda dificulta viagens internacionais dos clientes, o que pode favorecer os shoppings do país. Segundo ele, a companhia viu um fluxo "bem maior" de consumidores pelos seus shoppings em outubro.

Os dados mais recentes da Abrasce mostram aumento de 2,63 por cento nas vendas dos shoppings do país de janeiro a agosto, e de 4,58 por cento em 12 meses. No fechado de 2014, o crescimento foi de 10,13 por cento sobre o ano anterior.

Enquanto isso, o índice da empresa de meios de pagamento Cielo que apura o comportamento das vendas no varejo nacional (ICVA) teve queda de 3,4 por cento em setembro sobre o mesmo mês do ano passado. No acumulado do terceiro trimestre, o índice teve baixa de 2,7 por cento sobre um ano antes.

"As vendas no varejo e a renda tendem a seguir a mesma tendência, e ambas estão caindo desde o segundo semestre de 2014. Além disso, os salários provavelmente cairão no futuro, na sequência do aumento do desemprego e alta da inflação", disse o analista do Bradesco BBI, Luiz Maurício Garcia, em relatório sobre as empresas de shopping centers.

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Rio de Janeiro - Afetado pela queda da confiança do consumidor e vendas menores ao longo do ano até agora, o setor de shopping centers vê a rodada de promoções da última sexta-feira de novembro, a Black Friday , como uma antecipação do Natal e algum respiro aos negócios.

"Se a gente continuar no cenário de outubro, em novembro dezembro, a gente vai fechar o ano bem aquém do que poderia fechar. A Black Friday vem com tudo. O pessoal (lojistas) vai tentar antecipar ao máximo os ganhos", disse o diretor-presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humai.

De acordo com o executivo, as promoções no final do mês podem ter algum impacto sobre as vendas de fim de ano, época mais importante para o varejo. Ele disse que os consumidores podem antecipar as compras, principalmente celulares e eletrodomésticos, o que pode diminuir o valor médio gasto no Natal. Na Aliansce, todos os esforços de marketing dos shoppings centers que administra aumentaram para a data, disse o superintendente de relações com investidores da companhia, Eduardo Prado.

Os centros comerciais da empresa, cujas vendas totais caíram 3,5 por cento no terceiro trimestre na comparação anual, ampliarão a promoção para o decorrer da última semana do mês, em ação chamada de "Black Week".

"Desde o ano passado a Black Friday se tornou um evento, uma data importante para o varejo", disse Prado.

O segmento de consumo que vem apresentando maior dificuldade de vendas em 2015, segundo varejistas, é o de eletroeletrônicos, que no ano passado teve na Black Friday a data mais próspera em termos de vendas.

Segundo a companhia de pesquisa de mercado GfK, a data respondeu por 34 por cento das vendas totais de eletroeletrônicos dos meses de novembro e dezembro de 2014 e de janeiro deste ano.

Apesar do otimismo sobre aumento das vendas na Black Friday, as empresas do setor de shoppings têm receio de fazer projeções mais precisas diante da incerteza gerada pelas crises econômica e política do país, que estão minado a confiança dos consumidores.

Parte da ansiedade do setor pela Black Friday vem de sinais de alta da visitação de consumidores pelos shoppings, como resultado da desvalorização do dólar contra o real.

O presidente da operadora de shopping centers Multiplan, José Isaac Peres, afirmou na semana passada que a desvalorização da moeda dificulta viagens internacionais dos clientes, o que pode favorecer os shoppings do país. Segundo ele, a companhia viu um fluxo "bem maior" de consumidores pelos seus shoppings em outubro.

Os dados mais recentes da Abrasce mostram aumento de 2,63 por cento nas vendas dos shoppings do país de janeiro a agosto, e de 4,58 por cento em 12 meses. No fechado de 2014, o crescimento foi de 10,13 por cento sobre o ano anterior.

Enquanto isso, o índice da empresa de meios de pagamento Cielo que apura o comportamento das vendas no varejo nacional (ICVA) teve queda de 3,4 por cento em setembro sobre o mesmo mês do ano passado. No acumulado do terceiro trimestre, o índice teve baixa de 2,7 por cento sobre um ano antes.

"As vendas no varejo e a renda tendem a seguir a mesma tendência, e ambas estão caindo desde o segundo semestre de 2014. Além disso, os salários provavelmente cairão no futuro, na sequência do aumento do desemprego e alta da inflação", disse o analista do Bradesco BBI, Luiz Maurício Garcia, em relatório sobre as empresas de shopping centers.

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