Economia

Colnago: Governo deve usar R$ 10,5 bi do Fistel para cumprir regra de ouro

Ministro do Planejamento reiterou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não perderá recursos com a operação

Esteves Colnago: "Os recursos estão à disposição e não há porque o governo não usá-los" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Esteves Colnago: "Os recursos estão à disposição e não há porque o governo não usá-los" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de abril de 2018 às 19h28.

Brasília - O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, confirmou nesta segunda-feira, 23, que o saldo do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) que o governo pretende usar para cumprir a regra de ouro em 2018 será de cerca de R$ 10,5 bilhões. O ministro reiterou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não perderá recursos com a operação.

"Até o fim do ano, estimamos que o superávit no Fistel será de R$ 10,5 bilhões. Esse é o saldo contabilizado de 2012 até hoje. Os recursos estão à disposição e não há porque o governo não usá-los", disse Colnago, após reunião no Tribunal de Contas da União (TCU) com o ministro interino da corte de contas, André Luis de Carvalho.

Colnago está fazendo uma rodada de encontros com os ministros do órgão de controle para esclarecer eventuais dúvidas sobre a questão, que será analisada pelo tribunal.

Ainda nesta tarde, ele se encontrará com a procuradora-geral do TCU, Cristina Machado, que havia pedido mais tempo para analisar a matéria. O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, também participa dos encontros, junto com outros representantes da Fazenda e do Planejamento.

O TCU vai analisar, a pedido do Ministério Público, a consulta do governo federal sobre a possibilidade de utilizar os recursos hoje vinculados ao Fistel para cumprir a chamada regra de ouro do orçamento, que impede a emissão de dívida para pagamento de despesas correntes.

O uso desse dinheiro na prática diminui a necessidade do governo de emitir dívida, minimizando o risco de desrespeito à norma, o que configuraria crime de responsabilidade.

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