Fábrica da Michelin no Rio de Janeiro: a projeção da CNI de crescimento de 2,1% é maior do que o previsto por analistas e investidores do mercado financeiro (Marcelo Correa/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2012 às 13h07.
Brasília - O desempenho negativo do setor agropecuário e, principalmente, o crescimento industrial mais fraco do que o esperado levaram a Confederação Nacional da Indústria (CNI) a reduzir a estimativa de crescimento da economia de 3% para 2,1% em 2012.
As projeções anunciadas hoje (11) levam em consideração a expansão de 0,2% no primeiro trimestre, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa, mesmo baixa, no entanto, só deverá se confirmar se o crescimento da economia brasileira no segundo semestre for superior ao observado até o momento, segundo a CNI.
No Informe Conjuntural, divulgado hoje, a confederação estima que haverá “incremento nas taxas trimestrais de crescimento, todavia insuficiente para reverter uma perspectiva de baixo desempenho no ano”.
A projeção da CNI de crescimento de 2,1% é maior do que o previsto por analistas e investidores do mercado financeiro. De acordo com o último boletim Focus, divulgado na segunda-feira (9) pelo Banco Central, a estimativa para o crescimento da economia este ano caiu pela nona semana seguida, ao passar de 2,05% para 2,01%. Para 2013, a projeção permanece em 4,2%.
“A demanda mundial se retrai. A reação à política econômica adotada em 2008 e 2009, com a reativação do consumo, está agora com resposta limitada. Vamos crescer, mas a um ritmo mais moderado. A saída é aumentar a competitividade por meio dos investimentos”, disse o gerente executivo da CNI, Flávio Castelo Branco, que neste momento explica os motivos da redução das estimativas pela confederação.