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CNI: decisão do Copom reflete preocupação com desvalorização do real

Para a indústria, no entanto, a inflação baixa e ritmo muito lento de recuperação da economia permitiriam um novo corte na taxa Selic

Banco Central: Copom decidiu manter a Selic em 6,5% ao ano (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de maio de 2018 às 18h34.

Brasília - A Confederação Nacional da Indústria ( CNI ) avaliou que a decisão do Comitê de Política Monetária ( Copom ) de manter em 6,5% ao ano a taxa de juros Selic "reflete provavelmente, as preocupações do Banco Central com os impactos da recente desvalorização do real frente ao dólar". Para a indústria, no entanto, a inflação baixa e ritmo muito lento de recuperação da economia permitiriam um novo corte na taxa Selic.

A entidade destaca, em nota divulgada nesta quarta-feira, 16, que "embora os juros atuais sejam os mais baixos desde 1986, os custos dos financiamentos continuam elevados por causa do spread bancário".

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"Os custos elevados dos empréstimos desestimulam os investimentos das empresas e o consumo das famílias, comprometendo a recuperação da economia", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Andrade afirma ainda que o crescimento sustentado depende do equilíbrio das contas públicas. "É preciso persistir nas medidas de ajuste fiscal que assegurem a estabilidade econômica. Isso permitirá a manutenção dos juros baixos por um longo período", afirma na nota o presidente da CNI.

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