Economia

CNI aponta retração na atividade industrial em fevereiro

Com a produção em queda e estoques acima do planejado, a ociosidade do parque industrial aumentou


	Adoção de medidas de redução dos custos de produção e de estímulo à competitividade das empresas, pode ajudar a a indústria a aumentar o espaço nos mercados interno e externo
 (bugphai/ThinkStock)

Adoção de medidas de redução dos custos de produção e de estímulo à competitividade das empresas, pode ajudar a a indústria a aumentar o espaço nos mercados interno e externo (bugphai/ThinkStock)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2015 às 13h44.

Brasília - Dados da Sondagem Industrial, pesquisa divulgada hoje (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)  informam que a atividade industrial se retraiu em fevereiro.

A pesquisa mostra que indicador de evolução da produção caiu para 40,1 pontos e o de número de empregados ficou em 44,7 pontos no mês passado. Ambos estão abaixo dos 50 pontos, o que revela mais um mês de redução da produção e do emprego no setor.

Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem. Abaixo de 50, mostram queda na produção e no emprego.

De acordo com a pesquisa, a indústria está acumulando estoques indesejados. O índice de estoques efetivo em relação ao planejado alcançou 51,8 pontos no mês passado. Nas grandes empresas, o indicador subiu para 55,3 pontos. Conforme a metodologia da pesquisa, o indicador varia de zero a cem pontos. Quando fica acima de 50, revela excesso de estoques. 

A pesquisa informa que, com a produção em queda e estoques acima do planejado, aumentou a ociosidade do parque industrial. O nível de utilização da capacidade instalada caiu para 66% em fevereiro, seis pontos percentuais abaixo do registrado em fevereiro do ano passado.

Para o economista da CNI, Marcelo Azevedo, a recuperação da atividade industrial depende de uma política de redução dos custos de produção e de estímulo à competitividade das empresas, para que a indústria aumente o espaço nos mercados interno e externo.

Essa política, na avaliação do economista, deve incluir, entre outras medidas, o corte da burocracia, a simplificação do sistema tributário, e a modernização da infraestrutura e das leis trabalhistas.

Acompanhe tudo sobre:CNI – Confederação Nacional da IndústriaCortes de custo empresariaisgestao-de-negocios

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor