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Clima econômico piora 27% no Brasil

Indicador de Clima Econômico (ICE) analisado pela FGV e instituto alemão Ifo apontou que houve piora principalmente na percepção do cenário atual

Brasil: ICE do Brasil se manteve novamente abaixo do indicador da Argentina (Ricardo Stuckert/ Fotos Públicas/Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2014 às 09h34.

Rio - O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina recuou 7,0% no trimestre encerrado em julho em comparação aos três meses até abril, para 84 pontos, o menor nível desde julho de 2009 (80 pontos), segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo. Em abril, o índice trimestral havia registrado 90 pontos.

De acordo com os componentes do indicador, houve piora principalmente na percepção do cenário atual. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu de 82 pontos para 72 pontos, o menor nível desde outubro de 2009, enquanto o Índice de Expectativas (IE) passou de 98 pontos para 96 pontos.

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"Pelo segundo trimestre consecutivo, os três indicadores síntese da pesquisa ficaram na zona desfavorável do clima econômico (abaixo dos 100 pontos)", ressaltou a FGV, em nota.

Entre os 11 países-alvo da pesquisa, o Brasil apresentou uma das pioras mais intensas no clima econômico. O indicador do país passou de 71 pontos em abril deste ano para 55 pontos no trimestre encerrado em julho, uma queda de 22,5%. Na comparação com igual período de 2013, o recuo foi de 27,0%.

A FGV ressaltou ainda que o ICE do Brasil se manteve novamente abaixo do indicador da Argentina, que caiu de 75 pontos para 57 pontos. Assim, o indicador de clima econômico brasileiro supera apenas o da Venezuela na lista, que permanece no valor mínimo de 20 pontos.

Em nível mundial, o ICE teve melhora e alcançou 116 pontos no trimestre até julho, de 113 pontos na leitura anterior, ficando acima do ICE da América Latina, influenciado por melhores avaliações sobre as economias de Estados Unidos e Ásia.

A Sondagem Econômica da América Latina serve ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países. A pesquisa é aplicada com a mesma metodologia em todos os países da região.

Para a edição até julho de 2014, foram consultados 1.146 especialistas em 121 países. Na América Latina, foram 140 analistas ouvidos. A escala oscila entre o mínimo de 20 pontos e o máximo de 180 pontos. Indicadores superiores a 100 estão na zona favorável e abaixo de 100 na zona desfavorável.

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