Clima econômico fica estável na América Latina, mas Brasil cai

São Paulo - O clima econômico da América Latina ficou estável em 5,6 pontos em abril em relação a janeiro, já que a melhora da confiança sobre o presente foi contrabalançada por uma deterioração das expectativas.

O índice da Fundação Getúlio Vargas em parceria com o instituto alemão Ifo mostra, segundo a FGV, que "a região permanece na fase de recuperação no relógio do ciclo econômico".

O componente de situação atual subiu para 4,7 pontos em abril ante 4 pontos em maio. O de expectativas recuou para 6,4 pontos, comparado a 7,1 pontos no mês anterior. Houve queda do índice geral em cinco países da América Latina: Brasil, Argentina, Chile, Equador e Venezuela. "No Brasil, apenas as expectativas pioraram", afirmou a FGV.

O indicador do Brasil caiu para 7,3 pontos em abril, ante 7,8 pontos em janeiro. Mas o dado ainda está acima da média dos últimos 10 anos, que é de 6,1 pontos. O componente de situação atual do Brasil subiu para 8,1 pontos, ante 7,7 pontos, enquanto o de expectativas caiu para 6,4 pontos, comparado a 7,8 pontos.

No ranking da região, Peru e Brasil mantiveram suas posições em, respectivamente, primeiro e segundo lugar. Falta de competitividade e elevado desemprego são os principais problemas da região, segundo a pesquisa.

O índice de clima econômico mundial subiu, para 5,8 pontos em abril, ante 5,5 pontos em janeiro, mas houve queda no componente de expectativas. "A crise da Grécia e as incertezas quanto ao efeito contágio para outros países da zona do euro deve ter influenciado a formação de expectativas menos favoráveis", afirmou a FGV.

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