Nós vamos ajudar a descontar todos os desaforos das dívidas dos brasileiros, disse Ciro (Kelly Fuzaro/Band/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de agosto de 2018 às 15h28.
Última atualização em 10 de agosto de 2018 às 18h46.
São Paulo - O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, reiterou na tarde desta sexta-feira, 10, que se for eleito quer ajudar a "limpar o nome" de 63 milhões de pessoas. O processo seria mediado pelo governo, que vai estimular o refinanciamento dessas dívidas.
Na proposta de Ciro, o processo pode ser feito via bancos públicos. O pedetista reconheceu que está em estudo também como estender às instituições privadas a medida, "se tiver espaço para afrouxar um pouco o compulsório".
De acordo com o candidato, este processo de "mediação poderosa" do governo consiste na retirada da correção monetária e de "juros absurdos" sobre a dívida contraída pelos brasileiros. "Nós vamos ajudar a descontar todos os desaforos das dívidas dos brasileiros", afirmou o pedetista.
A proposta já vinha sendo falada pelo candidato nos últimos dias e ganhou repercussão ontem à noite, durante o debate da Band. Ciro reconheceu que usou o programa de TV para fixar a medida entre o eleitorado e os adversários. "Quero que meus adversários esculhambem mais minhas medidas, quero que esta (do refinanciamento) vire hit", afirmou.
Para o pedetista, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) tomou dele as propostas de tributação de dividendos e de zeragem de déficit público em 24 meses. "Reconheci aspas minhas nas falas de Alckmin ontem", ironizou.
Ao ser questionado sobre o temperamento dele, Ciro se esquivou de ser chamado de candidato "paz e amor". "Eu sou um doce de coco. Mas acontece que na política eu não estou para alisar, aí fico com fama de bocão", afirmou.