Economia

China vai crescer 8,5% em 2012, diz assessor de BC chinês

A inflação, que incomodou a China na maior parte do ano passado, também deve diminuir de 4,5 por cento em 2011 para 3 por cento em 2012

A inflação na China atingiu o menor patamar em 15 meses em dezembro, de 4,1 por cento (Feng Li/Getty Images)

A inflação na China atingiu o menor patamar em 15 meses em dezembro, de 4,1 por cento (Feng Li/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 09h43.

São Paulo - A China provavelmente vai diminuir o ritmo de crescimento da economia neste ano, passando de 9,2 por cento em 2011 para 8,5 por cento em 2012, afirmou o assessor do Banco Central do país, Li Daokui, nesta quinta-feira.

A inflação, que incomodou a China na maior parte do ano passado, também deve diminuir de 4,5 por cento em 2011 para 3 por cento em 2012, disse Li, que pertence ao conselho do Banco Popular da China.

"Qualquer um que tenha um entendimento da China irá concordar que nós seremos capazes de conseguir um 'soft landing' (pouso suave)", Li disse à Reuters durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

"Os preços dos imóveis também vão cair lentamente, o que vai ajudar a esfriar a economia e derrubar as pressões sobre os preços."

A inflação na China atingiu o menor patamar em 15 meses em dezembro, de 4,1 por cento, estendendo uma tendência baixista dos últimos cinco meses e elevando as expectativas de que o banco central deverá aliviar a política monetária.

O governo chinês já começou a reduzir a proporção de dinheiro que os bancos são obrigados a manter em reservas, uma medida para estimular as linhas de crédito corporativas e ajudar as companhias a amortecer a queda na semana interna e externa.

Li também disse esperar que a economia da China seja atingida pelos problemas na zona do euro, embora disse que era contra a China comprar dívida soberana da Itália ou da Espanha.

"Como vamos explicar para o povo chinês que estamos entrando sozinhos e que vamos comprar dívida espanhola ou italiana? Uma solução multilateral é necessária, e a China deve trabalhar em conjunto com outros países como Brasil ou Índia para ajudar a Europa", disse.

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